segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
o McDonald"s entra no louvre
É a pá de cal ou o renascimento? Talvez ambos.
O McDonald’s não poderia comemorar melhor seus 30 anos de chegada à França. No mês que vem a rede de lanchonetes vai entrar no… Louvre. O templo do fast-food americano venderá o famoso Big Mac ao lado dos fossos medievais da fortaleza de Filipe Augusto (1165-1223), na galeria de lojas sofisticadas com acesso direto ao maior museu do mundo, o Carrossel du Louvre.
A França tem dois grandes símbolos culturais em que se apóia para, altiva e orgulhosa, mostrar sua diferença com outros paises: a alta cozinha e as belas artes. Para os nativos mais aguerridos, o McDonald’s só atentava contra o primeiro. “Agora, o grande atrativo do Louvre não será mais a Mona Lisa, mas os grandes arcos dourados”, ironiza um deles, referindo-se a letra M do logotipo da rede.
Quem vê de fora vândalos franceses - eles se proclamam turma da anti-globalização - quebrando lanchonetes da rede, acha que existe uma guerra entre o McDonald’s e a aldeia do Asterix. Tão falso como o mito da resistência francesa contra o invasor nazista. Na verdade trata-se de caso de amor. A França tornou-se o maior mercado da rede McDonald’s fora dos Estados Unidos. Só o ano passado, as lanchonetes dos “arcos dourados” na França receberam 450 milhões de consumidores, 11% a mais do que o ano anterior e inauguraram 30 novos pontos.
Detalhe edificante: não tem MacDonald’s no Museu Metropolitano de Arte, de Nova York. Em frente ao Met há um vendedor ambulante de delicioso hot dog, quase tão bom como o cachorro-quente do Geneal, na Cidade Maravilhosa e olímpica.
Por Antonio Ribeiro
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