FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

AURO MALAQUIAS


» Publicada em 280309


Mogiano estreia como escritor em "A vida começa aos 40... Sonetos"


Obra de AURO MALAQUIAS dos Santos é uma coletânea com 40 sonetos e será lançada amanhã à tarde, no Cuba Café


Daniel Carvalho


Santos: Com o livro, autor presta uma homenagem aos quarentões


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


No ano que passou, AURO MALAQUIAS dos Santos completou quatro décadas de vida e decidiu se lançar como escritor. Apaixonado por livros, ele concluiu que era o momento ideal para fazer sua própria obra. Intitulado "A vida começa aos 40... Sonetos", o trabalho será lançado amanhã, às 14 horas, com uma tarde de autógrafos no Cuba Café, em Mogi (rua Dr. Corrêa, 636, centro). O evento será embalado ao som de música ao vivo e a entrada é franca. Como o nome já indica, o livro é uma coletânea com 40 sonetos, todos escritos por Santos. Apesar de a poesia ser o foco principal, o trabalho é dividido em três partes e, por isso, agrega outros conteúdos. Na primeira, o autor apresenta um breve histórico do que o soneto representa na literatura nacional e internacional, tomando como exemplo os poetas Machado de Assis e Luís Vaz de Camões. Na segunda, entram os sonetos e, na terceira, dicas de sites que tratam sobre poesia. "Na primeira parte faço um apanhado geral e logo em seguida apresento meus 40 sonetos, de todos os temas. Na última parte, disponibilizo o endereço de sites específicos de literatura, onde as pessoas podem encontrar dicas para escrever sonetos", detalha ele. Inéditos e escritos especialmente para o livro, os sonetos de Santos tratam de temas variados, como amor, política, humor, filosofia, entre outros. "Passei a me dedicar aos sonetos em julho do ano passado, quando ainda estava com 39 anos. Na época, decidi fazer essa homenagem aos quarentões, ou àqueles que estão próximos de completar. É a homenagem que faço a essa idade por meio da literatura", explica o autor. Bibliotecário há mais de 15 anos, Santos trabalha na Biblioteca Municipal Benedicto Sérvulo de SantAna, em Mogi, e revela que a literatura já faz parte de sua vida. Adepto do pensamento popular de que uma pessoa só alcança a realização plena na vida se tiver um filho, plantar uma árvore e escrever um livro, o escritor conta que só lhe faltava o último item. "Ttrabalho com livros em toda minha vida. Só faltava escrever o meu, que agora me lança como escritor. Especializei-me em poesia, mas estou aprendendo muito ainda", diz.Publicado pela editora Livro Pronto, de São Paulo, a obra poderá ser adquirida durante o lançamento, diretamente com Santos pelo e-mail aurulla@yahoo.com.br ou ainda pelo site www.livropronto.com.br.

Exposição Viva a Natureza - Adelaide L. Swettler


» Publicada em 230809


Adelaide Swettler expressa sua ligação com a natureza


Artista expõe obras inspiradas em paisagens reais até o dia 31, no Centro Cultural da Universidade de Mogi das Cruzes


"Quando acho um lugar bonito, fotografo e recrio na tela. Também dou o meu toque, misturando minha criatividade na imagem"


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


Para comemorar seus dez anos de carreira, a artista plástica ADELAIDE Lawitschka Swettler lançou a exposição "Viva a Natureza", que estará em cartaz até o próximo dia 31, no Centro Cultural da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Autodidata, essa paulistana que vive em Mogi desde a infância tem um apego especial à natureza, tema recorrente na maioria das obras que integram a mostra essencialmente de arte acadêmica. Com entrada franca, a mostra pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 8 às 22 horas. O acervo é composto por cerca de 20 telas, todas inspiradas em paisagens reais. "Quando acho um lugar bonito, fotografo e recrio na tela. Também dou o meu toque, misturando minha criatividade na imagem", conta ADELAIDE. Entre as telas expostas, uma tem lugar de destaque no acervo da artista. O quadro, que mostra dois barcos no Rio Tietê - na região de Biritiba Mirim - é um dos preferidos de ADELAIDE. E não só dela. Em 2006, a obra foi premiada pela Associação Paulista de Belas Artes. "Já recebi vários prêmios, alguns em São Paulo, Suzano e Poá. Esses quadros premiados eu não vendo. São do meu acervo", revela. Aos 64 anos de idade, ADELAIDE veio para Mogi quando tinha apenas 7. Por isso, ela se considera mogiana. Na cidade, frequentou cursos de corte e costura, bordado, crochê e pintura em tecido. Aventurou-se e aprendeu sozinha a utilizar óleo sobre tela. Hoje, a artista tem ateliê próprio, onde produz seus trabalhos e dá aulas. Além disso, também faz parte do grupo de artes "Frontispício". "Na abertura da exposição (dia 17 de agosto) estava completando 64 anos de vida. Foi uma comemoração dupla, do aniversário e dos meus dez anos de carreira", festeja. "Cores do Jardim"Outra integrante do grupo de artes Frontispício que está com uma exposição em cartaz é Alaíde Reis. Intitulada "Cores do Jardim", a mostra poderá ser visitada até o dia 4 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na Imobiliária Matriz, que fica (rua Dr. Antonio Cândido Vieira, 390, centro).

"Lúcio Bittencourt".


Amigos Produtores Culturais de Mogi das Cruzes, sejam bem vindos a mais uma exposição do artista plástico "Lúcio Bittencourt".

Contamos com a presença de todos vocês, dos seus familiares e amigos.

Com agradecimentos pela atenção.

Saudações,

Rose Cardoso

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dica de Livro


Adaljiza:

O que não é protegido como direitos autorais?Dentre os vários tipos de obras elencadas pelo legislador temos: as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos como tais; os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios; os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções; os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais; as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas; os nomes e títulos isolados; o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas nas obras.Segundo afirma Teixeira Santos: "O direito autoral beneficia as criações de forma, não as idéias. Uma idéia expressa por alguém pode ser retomada por qualquer pessoa. Aquele que a exprimiu pela primeira vez não poderá pretender sobre ela um monopólio".E, de acordo com Hermano Duval, "pretender o monopólio de método ou sistema através a exclusividade da respectiva versão literária ou científica é um absurdo porque importaria em transformar o direito autoral no sucedâneo que preenchesse as lacunas ou impedimentos da chamada Propriedade Industrial".Também o antigo Conselho Nacional de Direito Autoral pronunciou-se naquela época no sentido de que "invenções, idéias, sistemas ou métodos não constituem obras intelectuais protegidas pelo Direito Autoral, porquanto a criação de espírito objeto da tutela legal é aquela de algum modo exteriorizada e não as idéias, invenções, sistemas ou métodos" (Deliberações da 1. ª Câmara do CNDA n. os 16, de 16/08/80; 18, de 06/08/80; 25, de 06/08/80; 40, de 01/10/80; 21, de 08/04/83; 23, de 15/06/83; 40, de 14/04/83; 27, de 21/04/84; 35, de 21/03/84 e 37, de 21/03/84). Ainda, sobre a matéria, o referido Colegiado, pela deliberação n. º 36/84 da 1. ª Câmara, realçou: "Projetos que se limitam a estabelecer as características básicas de uma idéia, sem constituírem, por si, textos literários o

Mostra revisa a carreira de Nerival Rodrigues


» Publicada em 160809

Mostra revisa a carreira de Nerival Rodrigues

Um dos mais aclamados artistas naïfs do Brasil comemora 40 anos de profissão com exposição na Câmara de Mogi

Daniel Carvalho

BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

Como parte das festividades em torno aos seus 40 anos de carreira, o artista plástico Nerival Rodrigues lança amanhã, no Espaço Cultural da Câmara de Mogi (avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 381, no Centro Cívico), a mostra comemorativa "Nerival Rodrigues- 40 Anos de Arte". Na exposição, o público poderá conferir diversos momentos da trajetória de um dos mais aclamados artistas naïfs do Brasil.O acesso ao Espaço Cultural da Câmara é gratuito e aberto ao público. Lá, as obras de Rodrigues estarão expostas até o dia 18 de setembro, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. Entre os quadros, poucos ainda pertencem ao artista. A maioria foi emprestada de acervos particulares para fazer, por meio de telas, a retrospectiva deste pernambucano que adotou Mogi como sua casa há mais de 30 anos. Entre as obras inéditas, Rodrigues acredita que o grande destaque da mostra será um quadro que mede dois metros de largura por um e meio de comprimento. Intitulada "Fazenda do Recôncavo Baiano", a grande tela mostra o típico cenário citado pelo artista no título, com plantações de cacau, café, milho, algodão, cana de açúcar, feijão, entre outras."Faz uns dois meses que terminei esse quadro e essa será a primeira vez que a cidade irá vê-lo. É um dos melhores quadros que já pintei até agora", disse ele, enquanto fazia os últimos retoques na tela antes de levá-la para a Câmara. No segundo quadro inédito que será exposto, o público poderá conhecer a vista de uma das janelas da casa do artista, que fica no Mogi Moderno. Nele, Rodrigues retratou o topo do Edifício Helbor Tower, além de partes da Serra do Itapety ao fundo. "O Helbor virou um símbolo do desenvolvimento mogiano. Retratei o edifício com a serra ao fundo porque é exatamente o que vejo da minha janela", revela. Outro quadro que é novidade para os mogianos, apesar de ter sido concluído em 1999, retrata uma cena do filme "Candinho" (1953), de Amácio Mazzaropi. "A exposição é uma retrospectiva dos meus 40 anos de carreira e reúne quadros de diversos tamanhos e temas", explica Rodrigues, ressaltando a diversidade de sua obra.Com o término da exposição no Espaço Cultural da Câmara, as obras inéditas do artista poderão ser negociadas diretamente com ele. O intuito é que a renda obtida com a venda dos quadros possa custear os valores da viagem de Rodrigues aos Estados Unidos, prevista para outubro deste ano. IntercâmbioComo o Mogi News divulgou na edição de 19 de agosto, Nerival Rodrigues faz parte do grupo de artistas do Alto Tietê que se prepara para um intercâmbio cultural em Lauderhill, na Flórida. Rodrigues, especificamente, fará uma exposição individual e ministrará uma palestra na cidade norte-americana.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

DICA PARA VISITAÇÃO - MASP



OLHAR E SER VISTO
UM NOVO OLHAR SOBRE A COLEÇÃO
COM 95 RETRATOS E AUTO-RETRATOS DE GRANDES MESTRES DOSÚLTIMOS 500 ANOS, OLHAR E SER VISTO COMPLETA NOVA CONCEPÇÃO DO ACERVO
Quarta e última das mostras temáticas da série MASP 60 anos, iniciada há um ano com A arte do mito, Olhar e ser visto conclui a renovação e nova concepção da exposição permanente do Museu com 95 obras de mestres do século 16 aos dias de hoje, entre eles Rembrandt, Picasso, Ticiano, Van Gogh, Modigliani, Velázquez, Goya, Cézanne, Manet, Renoir e Portinari. Vernissage acontece em 9 de outubro, quando o MASP comemora 61 anos, e mostra estará aberta ao público a partir do dia 10, sexta-feira.
O MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand completa 61 anos em 02 de outubro e apresenta, agora por completo, a nova concepção de seu acervo com a inauguração de Olhar e ser visto, 4ª e última das exposições temáticas planejadas pelo curador Teixeira Coelho. São 95 retratos e auto-retratos de alguns dos maiores mestres da arte desde o Renascimento, entre eles Rembrandt, Picasso, Ticiano, Van Gogh, Modigliani, Velázquez, Goya, Cézanne, Manet, Renoir e Portinari. Somadas às três outras exposições temáticas em cartaz no 2º andar, 248 obras-primas estarão na exposição permanente, no 2º andar do Museu.
Patrocinada pela Mercedes-Benz do Brasil, a reorganização temática do acervo do MASP vem acompanhada de programas educativos voltados a crianças e adultos, além da publicação, ainda neste ano, de catálogos que apresentam o novo conjunto visual de uma das mais preciosas coleções do mundo. Somadas às obras da reserva técnica, o MASP tem mais de sete mil obras de arte e mais de 60 mil livros, catálogos e revistas em sua biblioteca e reserva.
Olhar e ser visto, que estará aberta ao público em 10 de outubro, celebra a arte do retrato e do auto-retrato do século 16 aos nossos dias. São telas, fotografias, esculturas, desenhos e gravuras, tornando possível perceber as diversas transformações na representação pelas quais a efígie passou ao longo dos anos.
A exposição foi organizada em cinco blocos ? O retrato da pompa, O recurso à cena, Eu mesmo, Retratos modernos e A desconstrução ? que conduzem o espectador no mundo dos retratos, acompanhando as diversas transformações por que passou o modo de registrar as pessoas na arte. No caminho proposto pelo curador do MASP, Teixeira Coelho, as primeiras obras mostram retratados de corpo inteiro, altivos e imponentes. Mais para o final o que aparece dos modelos é quase nada e em alguns casos as imagens mal permitem a identificação do retratado.
Maior das quatro mostras temáticas do acervo com 95 obras, Olhar e ser visto soma-se a A arte do mito, com 46 obras, aberta em 2 de outubro passado; A natureza das coisas, com 69 obras, aberta em 23 de abril e Virtude e aparência (A caminho do moderno), com 38 obras, aberta em 18 de julho, totalizando as 248 obras, que podem a partir de outubro ser vistas em conjunto e ficam por tempo indeterminado em cartaz.
Entre os inúmeros destaques da nova mostra temos O artista (1875), de Manet; Paul Alexis lê o manuscrito a Zola (1869-70) de Cézanne; Rosa e azul - As meninas de Cahen d´Anvers (1881) de Renoir; Auto-retrato com barba nascente (1635) de Rembrandt; Auto-retrato (Perto de Gólgota) (1896) de Paul Gauguin; Renée (1917) de Modigliani; Retrato de Suzanne Bloch (1904) de Picasso; Greta Garbo (1937) escultura em gesso de Ernesto de Fiori.
Exposição
Olhar e Ser Visto - 2º andar
Realização
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Local
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis ChateaubriandAv. Paulista, 1578 - Cerqueira César - São Paulo - SP
Estacionamento
Garagem Trianon - Pça. Alexandre GusmãoProgress Park - Avenida Paulista, 1636
Abertura
Vernissage, 9 de outubro. Abertura ao público, 10 de outubro (sexta-feira).
Período
A partir de 10 de outubro.
Horário
terça-feira a domingo e feriados, das 11h às 18h; quinta-feira até 20h. A bilheteria fecha com uma hora de antecedência.
Ingresso
R$ 15 (inteira) e R$ 7,00 (estudante), gratuito para menores de 10 anos e maiores de 60 anos.
Dia Gratuito
Todas as terças-feiras entrada gratuita até as 18:00 horas
Informações ao público
Para informações gerais (11) 3251 5644
Serviço Educativo
Agendamento de grupos (escolas e outros) 2ª a 6ª das 9h00 às 17h00 - (11) 3283-2585
Ass. Imprensa
Comunique Assessoria de ComunicaçãoFones 11 3812 2780 / 3032 2424Com Annete Morhy, cel 8777 3377annete@comunique.srv.br

DICA PARA VISITAÇÃO - MASP



PORTINARI As Séries Bíblicas e Retirantes
MASP TRAZ MOSTRA DO PINTOR BRASILEIRO EM DUAS SERIES.
As obras de duas notáveis séries do pintor brasileiro, selecionadas do próprio acervo do MASP, inauguram o ciclo 2009 de exposi&çães do museu e ficam a disposição do público de 2 de janeiro a 15 de fevereiro. A mostra Portinari As séries Bíblica e Retirantes vem acompanhada de seleção exclusiva de publicaçães de época pertencentes ao acervo da biblioteca do MASP relativas a Cândido Portinari, que completaria 105 anos de nascimento em 30 de dezembro.
As telas que compõem a Série Bíblica, produzidos entre 1942 e 1944, revelam forte influência do Guernica de Picasso. Esta mostra reúne a série completa, composta de oito obras, ao lado das quais estão as três obras da Série Retirantes que o museu possui. As séries serão mostradas em sala especialmente desenhada para esta exposição, que permite extrair todo o potencial formal e humano das obras.
O conjunto abrange o período em que a denúncia social marcou a pintura de Cândido Portinari, que reflete a precariedade da situação social brasileira a reboque das calamidades da guerra, que sensibilizaram tantos pintores europeus. Na passagem da série Bíblica para a Série Retirantes, é possível perceber o momento em que Portinari se liberta da influência de Picasso.
Complementar a mostra, o Museu apresenta ainda um apanhado de publicaçães de 1940 a 1970, contando um recorte da história de Cândido Portinari por meio de desenhos feitos por ele, catálogos de suas exposiçães, fotografias e cartazes. A vitrine da biblioteca exibe também uma carta original do pintor ao fundador do MASP, Pietro Maria Bardi, datada de 1948, falando sobre os preparativos de sua primeira exposição no Museu, quando ainda estava instalado em sua primeira sede.
Depois da mostra de Portinari o MASP segue com uma extensa e rica programação, que inclui Vik Muniz, Manuel Villarino, Yang Shaobin, Vera Chaves Barcelos e Rodin, além da exposição Arte na França 1860-1960: O Realismo e de nova edição da série Pirelli de fotografias.
Apresentação pelo curador, Teixeira Coelho
s obras aqui expostas põem em evidência os motivos pelos quais Portinari foi considerado um dos pintores brasileiros por excelência da primeira metade do século XX.
A série Bíblica foi executada entre 1942 e 1944 para a sede da Rádio Tupi de São Paulo a pedido de Assis Chateaubriand. São oito telas de grandes dimensões que ilustram passagens do Velho e do Novo Testamento.
A marca de Guernica feita por Picasso em 1937 em reação � destruição daquela cidade basca pela aviação alemã com a cumplicidade da própria ditadura espanhola � época, encabeçada por Franco é evidente e nunca foi negada por Portinari. Ele de fato quis pintar como Picasso naquela tela, por ele vista em Nova York por ocasião de sua estada em Washington com a finalidade de fazer os painéis para a Biblioteca do Congresso. Guernica, hoje no Reina Sofia de Madrid, causou forte impacto sobre Portinari que, nesta série, não se limita no entanto a copiar o mestre: Portinari interiorizou o estilo do colega espanhol e gerou obras com caráter e força próprios.
A série seguinte, Retirantes, se fez entre 1944 e 1945. Das cinco iniciais, o MASP tem estas três que deixam de lado o estilo da série anterior em busca de uma outra linguagem, mais próxima da adotada pelos muralistas expressionistas mexicanos Orozco e Siqueiros. Mas a chave, aqui, é própria de Portinari.
Mostradas em conjunto, estas onze peças são um exemplo singular da arte pública engajada que, a época, se identificava com a vanguarda política e estética.
Portinari As séries Bíblica e Retirantes De 2 de janeiro a 15 de fevereiro MASP Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand Av. Paulista, 1.578 Cerqueira César São Paulo SP Horário: terça-feira a domingo e feriados, das 11h as 18h; quinta até 20h. A bilheteria fecha uma hora antes. Ingresso: R$ 15 (inteira) e R$ 7 (estudante), gratuito as terças feiras e diariamente para menores de 10 anos e maiores de 60 anos. Informaçães: 11 3251 5644. www.masp.art.br

DICA PARA VISITAÇÃO - MASP


O Masp faz 60 anos no dia 02 de outubro e inicia suas atividades culturais para um ano de comemorações. Já no dia 3, quarta-feira, reabre ao público o 2º andar - fechado no início de setembro - e mostra, pela primeira vez, uma nova forma de ver e conhecer seu riquíssimo acervo: a divisão por temas, ao invés da clássica separação por períodos e regiões geopolíticas.
Dividida em quatro temas - A arte do mito, A natureza das coisas, Olhar e ser visto e Arte religiosa - a nova concepção física e conceitual do acervo possibilitará ao publico visitante apreciar obras de períodos distintos, do clássico ao moderno, européias e brasileiras, lado a lado. A arte do mito - primeira das quatro exposições temáticas que vão nortear a partir de agora a apresentação do acervo - tem curadoria de Roberto Magalhães, professor de História da Arte e Museologia da Universidade Internacional de Arte de Florença. Com 49 obras do século XIV aos dias de hoje, a seção terá obras de Renoir, Picasso, Nicolas Poussin, entre grandes nomes. Os mitos de Hércules, Afrodite e muitos outros são abordados em pinturas, desenhos e cerâmicas.
Idealizada pelo Curador do Masp Teixeira Coelho, a nova concepção prevê para ainda este ano a abertura da segunda exposição, A natureza das coisas, com paisagens e naturezas-mortas observadas em épocas distintas. Olhar e ser visto apresenta retratos e auto-retratos e será aberta em fevereiro. Em abril, A Arte Religiosa completa a renovação do 2º andar do Masp com obras-primas da arte do século XIV à contemporaneidade. Das cerca de 7.600 obras do acervo, aproximadamente 250 poderão ser apreciadas neste novo contexto. A nova divisão temática fica em cartaz no mínimo até outubro de 2008.
IMAGEM: Rafael - Ressurreição de cristo

DICA PARA VISITAÇÃO - MASP



A ARTE DO MITO
MASP REABRE O 2º ANDAR E APRESENTAUM NOVO CONCEITO PARA SUA COLEÇÃOA partir de 3 de outubro, uma das principais coleções de arte de todo o mundo será mostrada por temas e não mais com a clássica divisão por região geopolítica e períodos. A reestruturação física e conceitual da galeria começa com A arte do mito, exposição com 49 obras que marca o início dos 12 meses de comemorações dos 60 anos do Masp.
Exposição
Exposição A Arte do Mito
Realização
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Local
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis ChateaubriandAv. Paulista, 1578 - Cerqueira César - São Paulo - SP
Estacionamento
Garagem Trianon - Pça. Alexandre GusmãoProgress Park - Avenida Paulista, 1636
Abertura
3 de outubro
Período
12 meses
Horário
terça-feira a domingo e feriados, das 11h às 18h; quinta-feira até 20h. A bilheteria fecha com uma hora de antecedência.
Ingresso
R$ 15 (inteira) e R$ 7,00 (estudante), gratuito para menores de 10 anos e maiores de 60 anos.
Dia Gratuito
Todas as terças-feiras entrada gratuita até as 18:00 horas
Informações ao público
Para informações gerais (11) 3251 5644
Serviço Educativo
Agendamento de grupos (escolas e outros) 2ª a 6ª das 9h00 às 17h00 - (11) 3283-2585
Ass. Imprensa
Comunique Assessoria de ComunicaçãoFones 11 3812 2780 / 3032 2424Com Annete Morhy, cel 8777 3377mailto:3377annete@comunique.srv.br


imagem: banhista com cão grifon

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

DICA PARA VISITAÇÃO - MAM




Início: 17 jul 2009

Término: 13 set 2009


Sala: MAM - Grande Sala MAM


Descrição:
Autor de mais de três mil projetos de paisagismo em 20 países, premiado como pintor e designer de jóias, ceramista, tapeceiro, autor de cenários e figurinos para teatro e óperas, músico, ecologista desde os anos 70, Roberto Burle Marx [SP, 1909-RJ, 1994] ganha homenagem em sua cidade natal, São Paulo.Lauro Cavalcanti, curador da exposição propõe a fazer um mapeamento da múltipla produção artística (pintura, desenho, gravuras, tecido, tapeçaria, cerâmica, jóias, muranos e projetos paisagísticos) de Burle Marx, o maior dos paisagistas do século 20 e criador da linguagem moderna do paisagismo no mundo.
Confira entrevistas sobre a Exposição Burle Marx 100 anos: a permanência do instávelJosé Tabacow, especialista na obra de Burle Marx
Entrevista com José Tabacow, especialista na obra de Burle Marx1. O senhor se dedica a estudar as idéias e obras de Burle Marx. É possível falar um pouco da relação entre o Burle Marx teórico (ou pensador) e o Burle Marx paisagista? Pelo que pude perceber do material a que tive acesso, o senhor afirma que o paisagismo leva Burle Marx a entrar em contato com problemas ecológicos, e não o contrário, como alguns poderiam pensar...
Burle Marx combinava habilmente sua capacidade de produzir obras nas mais diversas formas de expressão artística com uma sólida cultura em história da arte. Isso significa dizer que ele sabia tirar partido de seus conhecimentos e usava frequentemente referências do passado, reinterpretadas em suas obras de arte. Numa apresentação de catálogo, Lúcio Costa diz que "conquanto fale uma linguagem contemporânea, suas raízes confinam com a Renascença".
Quanto à segunda parte da pergunta, o próprio Roberto repetia com frequência que não era botânico e somente lhe interessava a parte da botânica aplicável ao paisagismo. Isso não deve ser confundido com horticultura, campo em que ele tinha profundos conhecimentos, mas restritos à flora ornamental, que era o que lhe interessava. Reforça essa afirmativa o fato de ele procurar constantemente os botânicos, que o ajudavam em identificação, ecologia, fitogeografia e outros campos correlatos.
2. Quais as principais inovações do pensamento de Burle Marx para a época em que foram elaborados? O senhor vê um desenvolvimento das ideias dele hoje?
A preocupação de não se repetir, não cair em fórmulas para solucionar problemas artísticos era uma constante. Ele citava frequentemente Picasso: "É melhor copiar os outros que a si mesmo" e, quando mostrava alguma obra nova, perguntava, ansioso, se a pessoa tinha achado "diferente", e não "bonita" ou "boa". Dessa atitude resultaram suas propostas inovadoras, a começar pela introdução da flora nativa, que foi uma permanente preocupação. Cada nova planta foi uma nova possibilidade de composição, de se expressar de forma inovadora em paisagismo.
Eu não diria que suas idéias sofreram desenvolvimentos posteriores. Os paisagistas de hoje procuram seus próprios caminhos. Mas ele deixou uma influência benéfica que marcou e ainda marca e influencia as realizações de hoje, em especial as componentes vegetais e as formas com que elas são desenhadas.

3. Como o senhor vê o legado de Burle Marx hoje (teoria e projetos)? Há oportunidade de divulgar suas palestras? Os projetos paisagísticos estão sendo cuidados?
O livro que publiquei (Arte & paisagem, Studio Nobel) teve exatamente esse propósito. Durante o tempo em que trabalhei com Roberto, escrevemos muitas conferências em conjunto, eu o ajudava a estruturar e redigir as palestras. Em 1987, publicamos essas palestras numa edição simples, praticamente só texto, que se esgotou rapidamente. Como a editora manifestou a vontade de publicar uma segunda edição, sugeri que fosse ampliada, ilustrada e comentada. Entretanto, por razões diversas, esta segunda edição só foi possível em 2004, dez anos após a morte de Roberto. No conjunto, os textos refletem não só as ideias e conceitos de Burle Marx, como também sua evolução ao longo das experiências realizadas. Creio que estas conferências reúnem, de forma bastante abrangente, o pensamento do paisagista, sua filosofia relacionada com o tratamento paisagístico dos espaços, a questão da reinterpretação daquilo que ele assimilou em suas observações de campo, através de viagens de exploração, de intercâmbios com jardins botânicos e com pesquisadores no Brasil e no exterior.
Tem havido preocupação com a conservação ou restauração dos jardins de Burle Marx. Para citar dois dos exemplos mais significativos, temos a atuação de Ana Rita de Sá Carneiro (Laboratório da Paisagem, Universidade Federal de Pernambuco), que promoveu e promove a restauração dos primeiros jardins em Recife; e de Mônica Bahia, que pesquisou, relacionou e promoveu o tombamento de uma grande quantidade de obras de Burle Marx no município do Rio de Janeiro. E também movimentos incipientes em Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, além, é claro, dos que eu não tenho conhecimento.
4. Como o senhor vê a iniciativa de realizar uma exposição em homenagem a Burle Marx nos 100 anos de seu nascimento? O museu é um lugar interessante para mostrar o trabalho de Burle Marx?
Sempre me admirei da quase nenhuma repercussão da morte de Roberto, nos meios de comunicação. Afinal de contas, desaparecia o maior paisagista brasileiro do século XX, reconhecido no país e no exterior, criador do moderno jardim tropical. De alguma forma, essa omissão foi amplamente compensada agora, no aniversário de 100 anos do nascimento. A grande exposição no Paço Imperial do Rio de Janeiro, alguns eventos promovidos pela ABAP (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas), um encontro temático em Veneza, com a participação de diversos brasileiros paisagistas, historiadores e estudiosos da obra.
Quanto à adequação do museu, creio no raciocínio inverso, isto é, é possível criar uma exposição sobre a obra de Roberto Burle Marx no MAM? Em Florianópolis, fizemos uma exposição de croquis do paisagista, no Museu Victor Meirelles, como abstrações, ou seja, sem a preocupação de identificar os significados das proposições nos desenhos, mas exibindo-os como obra pictórica. Para o espaço disponível, mínimo, os resultados foram muito significantes. Eram cerca de quinze desenhos numa sala de dimensões reduzidas. Portanto, uma resposta mais objetiva seria: sim, dependendo do projeto museográfico.
José Tabacow é arquiteto paisagista. Haruyoshi Ono, sócio-diretor do escritório Burle Marx & Cia.
Entrevista com Haruyoshi Ono, sócio-diretor do escritório Burle Marx & Cia. Ltda.1. Como o senhor conheceu Burle Marx?
Conheci Roberto Burle Marx quando eu era jovem e estava no 2º ano da faculdade de arquitetura. Ao passar pelo que hoje é o Parque do Flamengo, vi uma placa de obra onde estava escrito o nome da firma Burle Marx e o seu endereço. Após várias tentativas, um dia, ao bater na porta de seu ateliê, ele mesmo me recebeu. A primeira impressão foi a de um homem de semblante sério, de fala forte, intimidante. Numa rápida entrevista, essa impressão se dissipou, pois ele se mostrou cordial e nos ouviu com atenção. Ao perguntarmos quando poderíamos iniciar o estágio, ele disse: “agora”.

2. Como era a convivência com ele?
No início, a relação foi a de um professor ensinando com paciência um aluno interessado. Com a convivência diária, esse relacionamento foi se transformando, amadurecendo, até nos tornarmos parceiros no trabalho e amigos. Tínhamos muita afinidade artística e um forte entrosamento na criação dos projetos e das obras de arte.

3. Quais são, em sua opinião, os principais legados de Burle Marx?
Creio que devemos considerar toda a sua obra como um grande legado: seu trabalho paisagístico e seu trabalho como artista plástico.
Sem dúvida, Roberto sentia um enorme prazer em realizar projetos para áreas públicas. O parque del Este na Venezuela, o parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte, e o parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, são exemplos disso. Outro projeto que ele gostou muito de elaborar foi o do Parque Recreativo de Brasília, que infelizmente não foi totalmente executado, e que hoje está deturpado e em péssimo estado de conservação, apesar de ser muito frequentado.
Da mesma forma, ele gostava de elaborar projetos privados, em áreas menores, quando sentia que o cliente se envolvia com entusiasmo na sua criação. Públicos ou privados, o fato é que alguns projetos se tornaram importantes exemplos na história do paisagismo.
Nos projetos, ele colocava em prática as idéias adquiridas por meio de observações que fazia em suas viagens de pesquisa, acompanhado por botânicos, agrônomos, arquitetos e seus companheiros do escritório. Usava esses ensinamentos ao projetar e criar grupos de vegetação da mesma espécie (para enfatizar suas características), sempre fazendo associações dos diferentes grupos, como são vistos na natureza.

4. O senhor acredita que o pensamento de Burle Marx continua atual?
Desde a década de 1970, Roberto denunciava as agressões à natureza e defendia o meio ambiente. No Brasil, ele foi um dos primeiros a demonstrar essa preocupação, que hoje vemos como fundamentada e válida.
Em relação ao paisagismo, seus primeiros projetos se destacaram pelas formas abstratas e orgânicas e pelo uso da vegetação tropical brasileira, suas exuberantes cores e formas, em oposição à tradicional linguagem paisagística da época, que utilizava plantas importadas da Europa e traçados influenciados pelo paisagismo francês e inglês. Participando do movimento modernista, que buscava a identidade nacional, Roberto viajava, conhecia e coletava a flora nacional, passando a utilizá-la em composições inusitadas com formas livres e orgânicas.
Ainda hoje, após quinze anos de seu desaparecimento, as pesquisas acadêmicas levam em consideração os conceitos e a obra desenvolvida por Roberto Burle Marx e sua equipe.

5. Como o senhor vê a atuação dos paisagistas hoje no Brasil?
A profissão do paisagista está sendo cada vez mais valorizada. A crescente carência social de áreas verdes, onde se possa ter um convívio direto com a natureza, favorece esse crescimento. O arquiteto paisagista cria ambientes agradáveis, distribuídos organizadamente em diversas atividades de uso público como lazer, estar, esportes, contemplação e recreação. Na elaboração de um projeto paisagístico, as áreas verdes devem participar de modo equilibrado, com a utilização preponderante da flora nativa, incentivando – através de sua especificação e uso – a pesquisa e a valorização de nossa vegetação.
Num país como o Brasil, onde o paisagismo é uma profissão relativamente nova, as oportunidades e os trabalhos vão surgindo naturalmente. Um fator bastante significativo nos favorece imensamente: temos à disposição milhares de espécies vegetais, um universo ainda inexplorado cuja aplicação tornaria as cidades mais agradáveis. Roberto Burle Marx, que foi um dos pioneiros no uso das plantas nativas, serve como exemplo de como esse campo pode ser explorado.

Haruyosho Ono é arquiteto, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Brasil, atual UFRJ.Robério Dias, diretor do Sítio Roberto Burle Marx
Entrevista com Robério Dias, diretor do Sítio Roberto Burle Marx (IPHAN - MinC)1. O que, exatamente, é o Sítio Roberto Burle Marx hoje?
É um bem cultural formado, como tantos outros, com elementos naturais. No caso do sítio, esses elementos naturais estão vivos no sentido biológico do termo. Ele é, no meu modesto entender, o principal legado de um dos maiores artistas brasileiros. É o testemunho e a materialização do fazer que Roberto Burle Marx quis transmitir. Roberto sempre repetiu que o sítio era seu lugar de experiências paisagísticas. Além dos acervos museológico, botânico e arquitetônico, os visitantes encontram as experiências paisagísticas de Burle Marx em andamento: as plantas não sabem que Roberto morreu.
2. Qual a importância de se preservar o local como o paisagista o deixou?
Talvez o correto seja dizer “o mais próximo possível de como o paisagista o deixou”, pois exatamente como ele deixou é impossível. Já imaginou um museu cujas peças expostas estivessem todas fadadas a desaparecer? E, enquanto isso, as peças se avolumassem continuamente, a ponto de o espaço entre elas se reduzir até ser impossível alcançá-las física ou visualmente? Imagine um museu em que houvesse inúmeros elementos “penetras”, buscando o tempo todo se imiscuir e confundir entre aqueles que precisam ser mantidos. Esse é o caso do Sítio Roberto Burle Marx. As plantas não param de nascer, de se agigantar, de colonizar territórios, de combater umas às outras, de obstruir as vistas, de reduzir a insolação, de interferir no microclima. Aquela visão harmônica, aquela paz que o visitante experimenta ao percorrê-lo é, na verdade, uma guerra em câmera lenta para quem acompanha o sítio diariamente.
3. Como é feita a manutenção do lugar, quais os principais desafios?
A manutenção implica maximizar nossa escassa mão-de-obra (quinze jardineiros) num terreno de 400 mil m² – um exercício de fazer o máximo com o mínimo – por meio de avaliações frequentes e provisórias sobre o que é mais importante. São decisões quase diárias a respeito do que preservar e do que modificar, do que é possível e do que é necessário. Recentemente, encontrei uma expressão cuja utilidade é tanta que basta enunciá-la para descrever uma de nossas principais tarefas: fazer o back up do acervo botânico. Nosso principal desafio é fazer compreender, em profundidade, que não se podem transpor literalmente os conceitos de preservação do patrimônio arquitetônico e de obras de arte estática para jardins tombados.
4. Como o senhor avalia o legado de Burle Marx hoje?
Como dizia Nelson Rodrigues, “o grande homem precisa de distância para ser visto”. Isso explica a maior repercussão do centenário de Roberto Burle Marx do que aquela que houve por ocasião de sua morte. A distância mencionada é, neste caso, medida no tempo. Só agora o Brasil começa a ter perspectiva para apreciar Roberto Burle Marx. Seu legado não é folclore, não se assemelha às gracinhas de uma criança, valorizadas e impostas aos outros pelos pais. Muito pelo contrário, as obras de Burle Marx foram valorizadas mais pelo mundo do que por “patriotas”. Recebemos, o tempo todo, visitantes brasileiros trazidos por estrangeiros: “Nunca pude imaginar que isso aqui era assim; meu cunhado norueguês recém chegado é que insistiu para vir”.
5. O pensamento de Burle Marx continua atual?
De sua geração, Roberto Burle Marx foi dos poucos artistas que não tentou abolir o passado. Nada mais atual do que isso. Roberto – na pior das hipóteses por imposição de seu metiê, que lida com matéria prima viva e, portanto, o obriga seguir as regras da biologia – não podia se dar a esse luxo, ou melhor, a essa loucura. Ele estabeleceu seus princípios sem desprezar as quatro tradições paisagísticas: muçulmana, oriental, renascentista e inglesa. Em contrapartida, passado algum cobra vingança contra Roberto Burle Marx. Talvez isso possa ser aceito como um início para a explicação da atualidade, ou melhor, da perenidade de seu pensamento.
Robério Dias é paisagista especializado em Engenharia do Meio Ambiente e doutor em Geografia.

Artistas pedem ajuda para participar de intercâmbio


» Publicada em 120809

Artistas pedem ajuda para participar de intercâmbio

NERIVAL RODRIGUES, Policarpo Ribeiro, Aline Baliberdin, Pedro Neves, Beto, Marcos Leandro e Andréa Sato buscam apoio financeiro para viabilizar a viagem aos EUA
Marcelo Alvarenga

Destaque: Assim como os demais artistas, Rodrigues espera levantar fundos com a venda de suas obras

BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

Ainda este ano, os artistas plásticos NERIVAL RODRIGUES, Policarpo Ribeiro - o Poli -, Aline Baliberdin, Pedro Neves, Beto, Marcos Leandro e Andréa Sato representarão o Alto Tietê em exposições, palestras e workshops na cidade de Lauderhill, na Flórida. Trata-se de um programa de intercâmbio entre o município norte-americano e Suzano, que já vem sendo realizado há quatro anos, sempre com uma temática diferente. Desta vez, o tema será "Tao-Sustentável", que quer dizer caminho para a sustentabilidadeCom viagem programada para outubro, os artistas da região buscam apoio financeiro para custear os gastos do intercâmbio. Em vez de pedir patrocínio, eles querem levantar o dinheiro necessário por meio da venda de suas obras de arte, como é o caso de Rodrigues. "Não queremos o dinheiro doado, mas sim que as pessoas invistam em nossas obras", explica ele. No ano em que comemora 40 anos de carreira, Rodrigues, aliás, será o destaque da região no intercâmbio. Em Lauderhill, ele ministrará uma palestra e terá uma exposição individual. "Esse intercâmbio da Secretaria de Cultura de Suzano com Lauderhill começou de forma on-line. A cada ano escolhemos alguns artistas que vão para lá expor e eles escolhem outros para virem aqui", explica Poli, que já esteve em Lauderhill e é um dos responsáveis no Brasil pelo projeto. Além da exposição de Rodrigues, a participação dos brasileiros inclui um workshop de Poli sobre textura em papel e de Aline Baliberdin, sobre candomblé. Haverá, ainda, uma exposição coletiva com trabalhos dos artistas da região selecionados.ExposiçãoCom o intuito de viabilizar sua viagem para Lauderhill, Rodrigues lança na próxima segunda-feira, às 20h, no Espaço Cultural da Câmara de Mogi, uma exposição comemorativa aos seus 40 anos de carreira. Diversos quadros do artista naïf estarão à venda.IntercâmbioEnquanto os brasileiros se preparam para mostrar seu trabalho no exterior, artistas norte-americanos de Lauderhill, como Dale Dorosh e Charmille Walter, desembarcam ainda este mês em Suzano para workshops e exposições na cidade. O contato com os participantes do projeto pode ser feito pelo telefone o 4747-4180.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Morre artista plástica Wilma Ramos, aos 68


» Publicada em 280409

Morre artista plástica Wilma Ramos, aos 68

Reconhecida internacionalmente por seus belos quadros, a artista mogiana estava em coma desde março, em decorrência de problemas cardíacos

Marcelo Alvarenga

ADEUS: Wilma costumava expor suas obras na Festa do Divino

BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

Foi sepultado ontem, no Cemitério São Salvador, na Vila Oliveira, o corpo da artista plástica mogiana Wilma Ramos. Internada desde março no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, a artista morreu por volta das 22 horas do último domingo, aos 68 anos, em decorrência de problemas cardíacos.Com a saúde debilitada, Wilma deu entrada no hospital para fazer um cateterismo e acabou sendo submetida às pressas a uma cirurgia de ponte de safena. Apesar do estado delicado, a artista parecia se recuperar bem e apenas um dia após o processo cirúrgico já deixava a Unidade de Terapia Intensiva. No quarto, porém, ela sofreu um infarto e entrou em estado de coma irreversível.Um dos principais nomes do naïf brasileiro, Wilma Ramos ficou conhecida internacionalmente por seus quadros que retratam o folclore brasileiro e as festividades regionais. A primeira exposição aconteceu em 1967, no Salão de Arte Contemporânea de Campinas. A partir dos anos 70, expôs em Madri, Palma de Mallorca e Puerto de Pollensa, na Espanha. Entre 1968 e 1984, foi premiada em diversos salões de arte realizados no Estado de São Paulo, além de participar de mostras coletivas em vários países. Apesar do prestígio internacional, a artista permanecia morando em Mogi, com a mãe e dois irmãos, onde ficou conhecida por integrar o Grupo Feminino de Artes Plásticas de Mogi das Cruzes, que há 25 anos realiza ininterruptamente o "Salão da Primavera". Formado por Ilda Veri Lopes, Ana MarB, Olga Nóbrega, Wanda Barbieri e Wilma, o grupo era caracterizado pela união e amizade das cinco artistas.Durante toda sua carreira, Wilma mostrou por meio de telas toda sua devoção ao Divino Espírito Santo. Com desenhos de traços simples, a artista fez inúmeras exposições voltadas para a temática católica. Foi na Festa do Divino Espírito Santo de Brás Cubas do ano passado, inclusive, que ela expôs pela última vez.

Wilma Ramos recebe homenagem póstuma


» Publicada em 060609


Wilma Ramos recebe homenagem póstuma


Em cartaz até o dia 30 no Espaço Cultural da Câmara de Mogi, exposição "Alegria de Viver" reúne telas da artista mogiana, que faleceu em abril deste ano


Daniel Carvalho


WILMA: Artista retratava o folclore brasileiro e se consagrou como um dos principais nomes do naïf do País


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


Uma das principais artistas naïf do Alto Tietê, a mogiana Wilma Ramos recebe uma homenagem póstuma na exposição "Alegria de Viver", em cartaz até o dia 30 deste mês no Espaço Cultural da Câmara de Mogi (avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 381, no Centro Cívico). Com entrada franca, a mostra pode ser conferida até o dia 30 de junho, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.Sob curadoria do artista plástico Nerival Rodrigues, a exposição reúne 15 obras em acrílico sobre tela assinados pela artista, que faleceu em 26 de abril passado, em decorrência de problemas cardíacos. "É um trabalho que estamos fazendo em homenagem a uma artista que não pode ficar esquecida. Ela é referência na arte mogiana. O trabalho que ela fez durante 50 anos de carreira é algo que não se pode comparar com nenhum outro artista naïf de Mogi", explica o curador, que também segue o estilo e era muito amigo da artista. Nascida em 1940, Wilma, que completaria 69 anos em julho, expôs pela primeira vez em 1967, no Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Dali para frente, a artista se consagrou como um dos maiores nomes do naïf brasileiro, tendo realizado exposições em diversas partes do País e do exterior, como Madri, Palma de Mallorca e Puerto de Pollensa, na Espanha. Entre 1968 e 1984, foi premiada em diversos salões de arte do Estado.Com quadros que retratam o folclore brasileiro e as festividades regionais, Wilma se tornou conhecida na região também por integrar, ao lado de Ana Maria Barbosa - a AnaMarB-, Ilda Lopes, Olga Nóbrega e Wanda Barbieri, o Grupo Feminino de Artes Plásticas, que há 25 anos realiza ininterruptamente o Salão da Primavera, que já faz parte do calendário de Mogi. "Este ano, ele será realizado com uma grande homenagem para Wilma. Já estamos organizando para que tudo saia bem feito, como ela merece", adianta AnaMarb.A artista, que também ilustrou cartões da Unicef e o calendário da indústria química Basf, em 1991, era uma fiel devota do Divino Espírito Santo e acompanhava as festividades religiosas da cidade, tendo registrado em inúmeros quadros sua devoção. Entre as várias temáticas que pintava, Wilma se destacou ao reproduzir virgens ecológicas, baianas, aves tropicais, pescadores, congadas, feiras populares e imagens do Vale do Paraíba, entre outros temas. "Suas obras são ricas em detalhes. Foram feitas minuciosamente, com muito carinho, como poucos fazem", enaltece Rodrigues.

"Primitivismo",


» Publicada em 170309

A cultura popular, nas telas de Marinei Dias

Artista plástica, conhecida na região pelas criações dos populares bonecões de Sabaúna, mostra uma nova faceta em "Primitivismo", em cartaz na imobiliária Matriz

Marcelo Alvarenga

IMAGENS: Obras de Marinei exploram a arte primitiva e, em alguns quadros, a figurativa também aparece

BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

A arte de Marinei Limeira Dias é o foco da exposição "Primitivismo", que ficará em cartaz até dia 3 de abril na imobiliária Matriz, em Mogi (rua Dr. Antonio Cândido Vieira, 390, centro). Com entrada franca, a mostra reúne quadros de tamanhos médios e grandes que retratam a cultura popular por meio de técnicas primitivistas e algumas figurativas. Artista plástica há mais de dez anos, Marinei é conhecida na região pelas criações dos populares bonecões de Sabaúna, atração carnavalesca no Alto Tietê. Nesta exposição, exclusivamente, a artista mostrará um lado pouco conhecido de sua carreira, que são as telas. Apesar disso, ela faz questão de ressaltar que todo seu trabalho é voltado para a cultura popular. "A arte acontece de acordo com a experiência de vida de cada pessoa e das coisas que cada uma sente e vê no mundo. Tudo que eu retrato é algo que aconteceu, algo de momento. Eu já pinto há mais ou menos 12 anos e há dez faço os bonecões de Sabaúna. Trabalho muito focada na cultura popular", ressalta. Composto por 12 quadros, o acervo da exposição inclui telas de temas variados, como infância, músicas e situações cotidianas. O estilo primitivo permanece, mas em alguns quadros é possível observar a arte figurativa. "O estilo figurativo é uma arte cujo traço é considerado quase infantil. Já o primitivismo é caracterizado por cores fortes, situações cotidianas. O primitivismo não está preso a nenhuma corrente", diferencia a artista.TrajetóriaNascida em Guarulhos, Marinei Limeira Dias veio para Mogi em 1987, quando iniciou a faculdade de Comunicação Social. Desde então, não deixou mais a cidade. Há dez anos, iniciou o trabalho com materiais reciclados dos bonecões de Sabaúna, com o objetivo de incrementar o carnaval de rua na região. Atualmente, ela se dedica à faculdade de Artes Plásticas. AgendaSob curadoria do artista plástico ENZO FERRARA, as exposições na Imobiliária Matriz devem continuar durante todo o ano. Próximo a expor, João Castilho levará para o local o estilo modernista, em abril. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 9543-3594, com Enzo.

» Publicada em 020509


Mostra lança atividades do grupo Frontispício


Exposição coletiva realizada hoje no "BECO DO SAPO" reúne obras de vários artistas da cidade que encontraram no grupo uma forma de manter viva a arte em Mogi
Daniel Carvalho


OBRAS: Zeti e Marineis Dias com seus famosos bonecões de Sabaúna


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

A charmosa travessa que liga as ruas Senador Dantas e Coronel Cardoso de Siqueira, no centro de Mogi, popularmente conhecida como "BECO DO SAPO", recebe hoje uma exposição coletiva que marca o lançamento do grupo Frontispício, formado por diversos artistas da região. Juntos, eles buscam espaços alternativos para expor seus trabalhos e, consequentemente, levar cultura à população mogiana. Entre os diversos nomes que integram o grupo, está o da artista plástica Marineis Dias, que levará para a mostra quadros de sua autoria e os tradicionais bonecões de Sabaúna - atrações durante o carnaval no Alto Tietê-, que ela confecciona há pelo menos dez anos. Além dela, também participam da exposição os artistas plásticos Enzo Ferrara, adepto do estilo primitivista, e Zeti, com telas espatuladas. O evento acontece durante todo o dia, das 9 às 16 horas.Na ocasião, o escritor mogiano Auro Malaquias dos Santos também estará presente para uma tarde de autógrafos de seu recém-lançado livro "A vida começa aos 40... Sonetos", da editora Livro Pronto. Na obra, escrita em comemoração aos seus 40 anos, o autor reúne dezenas de sonetos de temas variados, além de um breve histórico sobre a poesia. FrontispícioAdepta dos estilos primitivista e figurativo, Marineis Dias explica que o grupo Frontispício foi criado com o intuito de manter viva a arte em Mogi por meio de exposições em ambientes alternativos, já que a cidade carece de espaços públicos voltados para esta finalidade. "A ideia é criar novas expectativas de trabalho para a classe artística da cidade. Já estamos trabalhando dessa forma há algum tempo e agora lançamos o nome oficial do grupo", conta a artista.Há aproximadamente dois meses, os integrantes do grupo lançaram a exposição coletiva "Caminhos do Cotidiano", que acontece mensalmente na Agência da Caixa Econômica Federal de Mogi (rua Dr. Deodato Wertheimer, 1.660). "Hoje quase não temos espaços públicos para expor, por isso estamos incentivando restaurantes, bares, bancos, entre outros estabelecimentos, para abrirem suas portas e receber arte", justifica.

Exposição homenageia a imigração japonesa


» Publicada em 230508


Exposição homenageia a imigração japonesa


Promovida pela Prefeitura de Mogi, mostra comemorativa será aberta hoje, às 15h30, na Praça de Eventos do Mogi Shopping, e ficará em cartaz até o dia 15 de junho.


Michel Meusburger


NERIVAL: Com as telas "Os Japoneses e o Café", "O caqui" e "No Setor Hortifrutigranjeiro", artista ressalta a contribuição dos japoneses no desenvolvimento agrícola do País
BÁRBARA BARBOSADa reportagem localEm cada uma das 90 telas que integram a Exposição de Pintura Comemorativa do "Centenário da Imigração Japonesa no Brasil" revela-se um sentimento de amizade, respeito e admiração a esse povo que emprestou sua força e, ao participar das mais variadas atividades, contribuiu com o progresso do Brasil.Com a integração de 30 artistas entre nikkeis - brasileiros de origem japonesa, e não-nikkeis - brasileiros de outras origens, de São Paulo e Mogi das Cruzes, a mostra será aberta hoje, às 15h30, na Praça de Eventos do Mogi Shopping. Na ocasião, é esperada a presença do prefeito Junji Abe (PSDB) entre outras autoridades mogianas.O evento é uma realização da Prefeitura de Mogi em parceria com a Guifu Kenjin-kai - Associação dos Originários da Província de Guifu no Brasil e foi idealizado com a proposta de promover um intercâmbio cultural e de amizade entre a cultura brasileira e a japonesa. Com entrada franca, a exposição também conta com o apoio da cidade de Seki- pertencente à província de Guifu Kenjin-kai - e que é co-irmã de Mogi, e ficará em cartaz até o dia 15 de junho.Com temas variados, as obras mostram desde os costumes e tradição simbolizados por meio de templos e rituais, até a participação decisiva dos japoneses na atividade econômica do País - em especial na agricultura como no cultivo de hortaliças e cogumelos - entre outras manifestações que influenciaram na cultura brasileira. Além de comemorar o centenário da imigração japonesa, as obras também prestam uma homenagem à associação, que este ano completa sete décadas em São Paulo. Para o prefeito Junji Abe, as telas expostas produzem os sentimentos de amizade, respeito e admiração, que durante um século embalaram e fortaleceram a relação desses povos. "Os quadros expostos receberam, inquestionavelmente, uma forte inspiração dos artistas, retratando para nossa imensa alegria a solidificação dessa grandiosa relação entre brasileiros e japoneses", afirma.Entre os trabalhos brasileiros, estarão assinaturas de nomes como Levy Pinotti, Enio Cintra, Marcos de Oliveira, Miguel Ruiz, Sebastião Sá, Pedro Neves, NERIVAL RODRIGUES, Maria Aparecida Ruiz Tavares entre outros.Conhecido por suas obras que retratam plantações tipicamente nacionais, NERIVAL RODRIGUES leva três obras para a mostra: "Os Japoneses e o Café", "O caqui" e "No Setor Hortifrutigranjeiro". "São telas produzidas especialmente para homenagear os japoneses e que mostram a contribuição desse povo no desenvolvimento da agricultura em nosso País", diz.AgendaAlém da exposição, outros eventos estão incluídos neste período de homenagens realizado no Mogi Shopping. Amanhã, sob organização do Bunkyo de Mogi- Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social -, o espaço recebe, a partir das 11h, uma apresentação de Taiko, um desfile de vestimentas milenares e a cerimônia do chá.

Nerival Rodrigues retrata Mogi em cartões-postais


» Publicada em 07/09/08


Nerival Rodrigues retrata Mogi em cartões-postais


Oito tipos de cartões mostram os pontos turísticos e festas folclóricas e culturais que fazem a história da cidade


Marcelo Alvarenga


Coleção: Cartões reproduzem quadros do artista Nerival Rodrigues e demonstram seu amor por Mogi


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


Mogi das Cruzes retratada por meio da arte. É o que se vê na coleção de cartões-postais que o artista plástico NERIVAL RODRIGUES acaba de lançar. Ao todo, são oito modelos que mostram os principais pontos e festividades históricas e culturais do município, entre elas a Congada, com a Igreja do Bom Jesus ao fundo, e a Festa do Divino, aos arredores da Igreja do Carmo. Lançados na abertura da exposição "Tieteísmo", na quinta-feira, dia 4, os cartões são reproduções de quadros em óleo sobre tela que o artista pintou ao longo de sua carreira e poderão ser adquiridos durante a mostra, que vai até o dia 18 de setembro, no Centro de Cidadania e Arte (Ciarte), ou por meio dos telefones 2629-1222, 8392-5289 e 8186-8349. Com o patrocínio do Mogi News, foram impressos 1.000 cartões de cada modelo. Rodrigues conta que o trabalho foi uma forma que encontrou para colaborar com o crescimento do turismo na cidade. "A intenção é fazer de Mogi uma cidade turística, que seja reconhecida por seu patrimônio histórico-cultural, de uma cidade que tem 448 anos", diz ele. "Queremos levar a imagem da cidade para outros lugares e, pela arte desses cartões-postais, as pessoas saberão que em Mogi existem grandes talentos", acrescenta. Autor de inúmeros trabalhos de naifs e primitivistas, Rodrigues conta com mais de 40 anos de carreira, sendo seu trabalho conhecido em 48 países. Atualmente, alguns de seus quadros também podem ser vistos em duas exposições coletivas em São Paulo, uma homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil e a outra para arrecadar fundos para o Hospital do Câncer. Rodrigues também é um dos fundadores da Bienal de Artes do Alto Tietê, o que mostra que, além de criar, o artista também se preocupa com o crescimento cultural da região. "O povo sem cultura e sem educação adequada é um povo que não se afina com a história da civilização humana", observa. "Tieteísmo"Idealizada e organizada pelos artistas plásticos Enzo Ferrara e Cida Ruiz, "Tieteísmo" é uma mostra coletiva que reúne mais de 30 nomes da região. As obras, entre desenhos, pinturas, esculturas e instalações, poderão ser vistas de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no Ciarte, que fica na rua Dr. Ricardo Vilela, 69, centro. A entrada é franca. Entre trabalhos de artistas renomados, como Wilma Ramos, Lídia Costa, Silvia Kitahara e Vecchiato, a mostra também faz uma homenagem póstuma a Leoncio Carrasco Dura, Heraldo Moraes, Van de Wiel, Marciliano Valdesoiro, Íris Piazza e, em especial, a Frederico Wickmann, morto dias antes da mostra entrar em cartaz. "O objetivo da exposição é demonstrar o amor pela nossa terra. Surgiu da necessidade de demonstrar o que sentimos pela região do Alto Tietê", conta.

O livro "Naïf de Mala e Cuia"


» Publicada em 191208

Nerival Rodrigues é homenageado com o livro "Naïf de Mala e Cuia"

Escrita pelo renomado crítico de arte Oscar D´Ambrosio, obra retrata a vida de um dos artistas mais admirados de Mogi.

Marcelo Alvarenga

RODRIGUES: Artista tornou-se conhecido internacionalmente por suas telas que mostram colheitas

BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

A história da arte naïf se confunde, muitas vezes, com a origem de seus autores. No Brasil, a maior parte dos artistas deste gênero são pessoas que migraram para grandes cidades, deixando para trás a terra natal. E é essa mudança de vida que inspira verdadeiras obras de arte, de cores fortes e traços ingênuos, como as do pernambucano NERIVAL RODRIGUES.Radicado no Alto Tietê há 40 anos, o artista tornou-se conhecido nacional e até internacionalmente por seus trabalhos que mostram colheitas, homenageiam os índios e retratam os migrantes, oferecendo sempre uma reflexão sobre o que é ser artista no Brasil. Sua vida e obra, agora, é destaque no livro "Naïf de Mala e Cuia", que será lançado hoje, às 20h, na galeria da Job Editora Gráfica, em São Paulo (rua Antonio Marcondes, 211, Ipiranga). Escrita por Oscar D´Ambrosio, um dos mais conceituados críticos de arte no País, a obra faz uma viagem pela arte naïf, apresentando o trabalho de diversos artistas, como Waldomiro de Deus, Antonio Poteiro, Raquel Gallena e os irmãos João Cândido e Conceição Silva, além de Nerival. Em "De Mala e Cuia" o leitor vai encontrar uma homenagem justamente aos migrantes, na qual os trabalhos apresentados, entre telas e suportes, como malas ou cabaças, retratam a vida dessas pessoas. No livro, o autor conta que desde 1999 vem se dedicando a pesquisa sobre o naïf, mas até hoje, quase uma década depois, ele ainda não encontrou uma definição que expresse bem seu sentido. "De modo geral, os conceitos mais utilizados concordam em definir o estilo naïf como marcado por cores vivas, imaginação e estilização e um poder de síntese levado para a tela com uma técnica aparentemente rudimentar. Nesses aspectos, poder-se-ia dizer que a arte naïf brota do inconsciente coletivo", descreve ele. No capítulo intitulado "Nerival - Sensibilidade à flor da pele", D´Ambrosio descreve Rodrigues como um artista "que conserva nas mãos os calos de sua origem como trabalhador agrícola", mas que nas telas pinta "uma visão paradisíaca do Brasil que todos gostaríamos de ver: frondoso, verdejante, rumo ao futuro que nos é constantemente negado".TrajetóriaNascido em 1952, em Garanhuns, no Pernambuco, NERIVAL RODRIGUES iniciou seu contato com a arte aos 9 anos. Na época ele trabalhava na lavoura- atividade que exerceu até os 16 anos de idade - e na hora do almoço riscava a terra com gravetos. Mais tarde os costumes da infância ganharam cor e foram reproduzidos em telas.Em 1960 Rodrigues veio para São Paulo em um pau-de-arara, passando por diversas cidades, onde sua vocação para a arte começou a se expandir com o uso de técnicas de guache e aquarela. Oito anos depois, pintou seu primeiro quadro a óleo, que teve como inspiração a destruição do parque Dom Pedro. Em 1973, na praça da República, na capital, o artista realizou sua primeira exposição.Entre 1971 e 1982 Rodrigues trabalhou em diversas empresas da região, tendo abandonado seu último emprego, na então Companhia Suzano de Papel e Celulose, em Suzano, para se dedicar totalmente à arte naïf.

40 anos de dedicação à ARTE


» Publicada em 250109


40 anos de dedicação à ARTE


Prestes a completar quatro décadas de carreira, artista possui uma série de projetos em andamento


Michel Meusburger


TALENTO: Consagrado como um dos principais artistas naïfs do País, Nerival Rodrigues da Silva terá sua trajetória contada em uma biografia a ser lançada em novembro


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


Este ano, o artista plástico NERIVAL RODRIGUES da Silva tem muito o quê comemorar. No mês de novembro ele completa 40 anos de carreira e, por conta disso, já está com uma série de projetos comemorativos em andamento. Autodidata, este pernambucano vive em Mogi já há quatro décadas, onde pintou sua primeira tela. Desde então, milhares de trabalhos foram desenvolvidos e seu talento reconhecido nacional e internacionalmente. Com quadros que enfatizam plantações e temas folclóricos, repletos de cores e detalhes, Rodrigues se consagrou como um dos principais artistas naïfs do País - técnica que se utiliza de cores fortes e traços ingênuos para retratar a vida dos migrantes. Tudo isso e mais detalhes da vida do pintor serão contados em sua biografia, que será lançada em novembro pela editora Auderi Martins. "Vou me descrever e, a partir disso, vai ser escrita minha biografia, com fotos históricas e depoimentos de algumas pessoas que acompanharam minha carreira", diz ele.Apesar da trajetória brilhante trilhada até aqui, Rodrigues não pretende parar. Além da biografia, o artista tem outros planos para 2009, inclusive internacionais. O maior deles já está em desenvolvimento e inclui 20 telas, que estão sendo pintadas em base de linho europeu e que terão também uma releitura em grafite. Depois de prontos, esses trabalhos serão expostos no Conjunto Nacional, em São Paulo, de onde partem para uma exposição na Holanda. "É a primeira vez que faço isso. Na biografia vou explicar como comecei a carreira", explica ele.Entre junho e julho, ainda sem data definida, Rodrigues deve embarcar para os Estados Unidos, para participar de um intercâmbio entre artistas do Alto Tietê e da cidade de Lauderhill, na Flórida. O convite foi feito depois que ele participou de um projeto da Secretaria de Cultura de Suzano, que já há quatro anos mantém contato com artistas internacionais. Se houver espaço na agenda, ele irá emendar uma viagem para Costa Rica, onde foi convidado pela embaixada brasileira no país para reinaugurar a Sala Brasil de Arte, que está fechada há 16 anos. "Ainda não sei como vou fazer, porque pode ser que as datas coincidam. Mas espero poder emendar uma viagem na outra", explica o artista, já pensando em 2010. "Para o ano que vem pretendo expor no Japão e em Israel, mas ainda são planos", adianta. Além desses projetos, já está marcada para março uma exposição de esboços de quadros feitos pelo artista ao longo dos 40 anos de carreira, que acontecerá no Centro Cultural Antonio do Pinhal (Cecap), em Mogi.BienalIdealizador da Bienal de Artes do Alto Tietê, que em 2009 chega a sua 4ª edição, Rodrigues esteve desde o início na coordenação da mostra, ao lado da esposa, a artista plástica Maria Aparecida Ruiz Tavares. Este ano, no entanto, ele deixa o cargo e irá apenas assessorar a montagem do evento, que, entre outros nomes, terá o artista plástico Enzo Ferrara na linha de frente. "Com os 40 anos de carreira estão surgindo convites que não posso recusar. Então, vou me dedicar à minha carreira", explica o pintor.Previamente marcada para acontecer entre os dias 5 de outubro e 8 de dezembro, a 4ª edição da Bienal de Artes do Alto Tietê terá como tema o meio ambiente e será realizada em Mogi. "Vamos filiá-la aos Ministérios da Cultura e do Meio Ambiente. Além disso, vamos fixá-la em Mogi, até que seja construído o Centro Cultural, onde ela será realizada definitivamente", explica Rodrigues, argumentando que a forma itinerante como a bienal vinha sendo realizada - o evento já passou por Suzano e Poá- não tem dado resultado.Outra novidade é que este ano, apenas 40 artistas da região serão convidados a participar do evento, que também estenderá o convite a outros nomes de fora da região. Para quem quiser participar, Rodrigues sugere que iniciem seus trabalhos o quanto antes. "O mercado concilia tudo e a bienal terá espaço para todos os segmentos", diz o artista, que começou a sonhar com o evento nos anos 90, com a proposta de construção de um Centro Cultural na cidade. "Apesar de ele ainda não existir, tenho esperança de que logo será construído". Segundo Rodrigues, a proposta desse ano é que os artistas direcionem suas criações para algo mais conceitual. "A classe artística está muito desunida. O artista tem de ver de perto o sofrimento do povo e transmitir isso para a arte. O povo precisa de novos ares", ressalta.TrajetóriaNascido em 1952, em Garanhuns, no Pernambuco, NERIVAL RODRIGUES trabalhou na lavoura até os 16 anos de idade. As mãos calejadas, no entanto, não o impediram de traçar com perfeição tudo o que observava na colheita. O talento foi descoberto anos mais tarde, quando veio para São Paulo num pau-de-arara, em 1960. Treze anos depois Rodrigues fez sua primeira exposição, na praça da República, na capital. Entre 1971 e 1982 ele trabalhou em diversas empresas da região, tendo abandonado seu último emprego, na então Companhia Suzano de Papel e Celulose, para se dedicar totalmente ao naïf.

"Em Processo de Criação",


» Publicada em 100309


Mostra traz nova faceta de Nerival Rodrigues


Exposição "Em Processo de Criação", em cartaz no Cecap, explora lado pouco conhecido do artista plástico, que em 2009 comemora 40 anos de carreira


Marcelo Alvarenga


ESBOÇOS: Nerival expõe várias imagens em processo de criação


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


Aclamado internacionalmente por seus quadros naïfs, o artista plástico NERIVAL RODRIGUES mostra na exposição "Em Processo de Criação" um lado pouco conhecido de seu trabalho: os esboços. Ricos em detalhes, os desenhos, feitos a carvão ou à caneta, impressionam pela qualidade artística e apenas indicam o que está por vir: telas em óleo sobre tela, repletas de cores. Em cartaz no Centro Cultural Antonio do Pinhal (Cecap) a partir de hoje, a mostra poderá ser conferida até o dia 10 de abril, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas. A entrada é franca. Segundo o curador do Cecap, Paulo Pinhal, quem passar pelo espaço no período da exposição irá se surpreender com o trabalho de Rodrigues - inclusive aqueles que já conhecem suas obras. Ao todo, 18 imagens emolduradas compõem o acervo, o que confere a elas o status de quadros. "Eu tinha pensado que ele (Nerival) ia trazer alguns rascunhos, umas coisas amassadas, típicas de esboços, mas no fim ele mandou emoldurar e os desenhos se transformaram em verdadeiros quadros. O trabalho que o artista mostra aqui, embora muita gente possa pensar que está finalizado, ainda está em processo. São desenhos que ainda passarão por muitas modificações até o produto final. O que se vê na exposição é apenas o processo de criação do Nerival", explica Pinhal.Outro diferencial da mostra é a temática dos quadros. Nerival, que faz sucesso com telas de plantações, lavouras e outras imagens típicas do campo, levou para o Cecap obras que retratam um pouco da vida urbana, como desenhos de casas e favelas. "É a primeira vez que faço esse tipo de exposição. Tenho muitos desenhos que guardei ao longo de minha carreira. Nem todos se transformaram em telas, alguns ficaram só no esboço, que inclui estudo e pesquisa", conta Rodrigues, que em novembro próximo completará 40 anos de carreira. CarreiraPrestes a completar quatro décadas de dedicação às artes plásticas, o pernambucano NERIVAL RODRIGUES leva o nome de Mogi das Cruzes a todos os lugares por onde passa. Morador da cidade há mais de 20 anos, ele faz questão de dizer que esta é sua casa do coração. "A exposição é uma oportunidade para as pessoas verem a importância que o Nerival tem para Mogi. Embora ele não seja filho dessa terra, adotou a cidade como sendo sua. Eu fico muito feliz em ver um artista internacional como ele, que deve ir para Nova York em breve, carregar o nome da cidade", revela Pinhal. Nascido em 1952, em Garanhuns, no Pernambuco, Rodrigues trabalhou na lavoura até os 16 anos de idade. As mãos calejadas, no entanto, não o impediram de traçar com perfeição no chão de terra tudo o que observava na colheita. O talento, no entanto, foi descoberto apenas anos mais tarde, quando veio para São Paulo num pau-de-arara, em 1960.

"Arte Suburbana"


» Publicada em 110409


Artista plástico expõe na "Arte Suburbana"


Quadros em acrílico sobre tela do mogiano João CASTILHO estão na exposição montada na Imobiliária Matriz, em cartaz até o dia 4 de maio, com entrada franca.


Daniel Queiroz


Obras: Castilho expõe telas criadas com o auxílio de colagens.


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

A arte contemporânea inspirando reflexões. É o que se pode ver nos quadros do artista plástico mogiano João CASTILHO, que integram a exposição "Arte Suburbana", em cartaz na imobiliária Matriz, em Mogi, (rua Dr. Antonio Cândido Vieira, 390, centro), até o dia 4 de maio. Com entrada franca, a visitação é aberta de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.Sob a curadoria de Denise Andere, CASTILHO expõe quadros de acrílico sobre tela, criados com o auxílio de colagens. A temática predominante da exposição é a figura da mulher no cenário afro-brasileiro, uma especialidade do artista. "Trabalho muito com a figura feminina. Comecei a fazer essa sequência de arte como uma forma de propor uma reflexão sobre a figura humana no ambiente urbano", revela ele. Apesar de serem decorativas, as obras de CASTILHO também se utilizam de elementos publicitários, por meio da colagem. Segundo ele, em suas telas, são coladas partes de cartazes e outdoors, que formam uma textura que, posteriormente, ganha o acabamento em acrílico. "Eu uso partes de outdoor e trabalho também com a influência da publicidade, então, a colagem entra como um elemento a mais nessa arte contemporânea", explica.Artista plástico há 35 anos, João CASTILHO expôs pela primeira vez em 1973. Conhecido na região por seus trabalhos modernos e irreverentes, o artista também se dedica à carreira de ilustrador. "CASTILHO é visto pela classe como um artista plástico inovador, moderno e, às vezes, polêmico", define o coordenador das exposições na imobiliária Matriz, Enzo Ferrara. ProjetosEm breve, o trabalho mais recente de João CASTILHO como ilustrador poderá ser visto no livro "Invenção de Onira", da editora Letra Selvagem, para o qual ele elaborou a capa. O lançamento da obra será em maio, na livraria Casa das Rosas, na avenida Paulista, em São Paulo. Além da exposição "Arte Suburbana", os quadros de CASTILHO também podem ser vistos na mostra coletiva "Caminhos do Cotidiano", em cartaz até o final de abril, de segunda a sexta-feira, das 11 às 16 horas, na Agência da Caixa Econômica Federal de Mogi (rua Dr. Deodato Wertheimer, 1.660, no centro).

"Caminhos do Cotidiano"


» Publicada em 310309


A arte de João Ruiz em "Caminhos do Cotidiano"


Com 20 anos de carreira, mogiano expõe quadros dos estilos espatulado misto e acadêmico em mostra coletiva que reúne telas de outros seis artistas plásticos
Amilson Ribeiro


RETROSPECTIVA: Na mostra, Ruiz apresentará uma coletânea com trabalhos que representam diversos momentos de sua carreira


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


Inaugurada há um mês, a exposição "Caminhos do Cotidiano" acaba de ter seu acervo renovado e apresenta, a partir de amanhã, a arte do mogiano João Ruiz, o convidado especial do mês de abril. Além dele, os artistas plásticos Enzo Ferrara, Zeti, Nerival Rodrigues, João Castilho, Adelaide Lawitschka Swettler, Sirley Lacerda e Martins integram a mostra, que acontece na Agência da Caixa Econômica Federal do centro de Mogi.Artista autodidata, Ruiz acumula 20 anos de afinidade com pincéis, tintas e telas. Nesta mostra, especialmente, ele apresentará uma coletânea com trabalhos que representam diversos momentos de sua carreira. Ao todo, 14 quadros de tamanhos médios e grandes, que retratam paisagens e casarios da região do Vale do Paraíba, serão expostos. As pinturas de Ruiz basicamente variam entre dois estilos: espatulado misto e acadêmico. "Essa exposição apresenta um trabalho de fases. É um retrospecto da minha carreira. Sou designer de moda e comecei a pintar de maneira autodidata. Quando a pessoa começa da forma como iniciei, ela desenvolve seu próprio estilo. É claro que nos inspiramos e buscamos referência em outros artistas, mas cada um tem seu estilo. Não acredito em cópia", define Ruiz. Além dos trabalhos apresentados por Ruiz, a mostra contará com quadros dos estilos primitivo, paciencionismo e naïf, este último a especialidade de Nerival Rodrigues. Prestes a participar de uma exposição nos Estados Unidos, ele levará para a Caixa Econômica apenas telas inéditas. Entre as novidades, o artista apresenta seu primeiro quadro retratando o Maracatu. "Já pintei muita congada, mas Maracatu é a primeira vez. Esses quadros fazem parte de um intercâmbio que vou participar em junho. Tem também telas de motivos pantaneiros", adianta. "Caminhos do Cotidiano"A exposição "Caminhos do Cotidiano" receberá até junho obras de diversos artistas da região. Com entrada franca, a mostra pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 11 às 16 horas, na Agência da Caixa Econômica Federal (rua Dr. Deodato Wertheimer, 1.660, no centro).

"Caminhos do Cotidiano"


» Publicada em 010309


Exposição retrata "Caminhos do Cotidiano"


Mostra que será aberta amanhã reúne obras de cinco artistas
Amilson Ribeiro


Arte: Enzo Ferrara, Zeti e Sirley Lacerda integram o acervo da mostra na Caixa Econômica Federal


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

Cinco artistas que somam pelo menos 10 anos de carreira cada, mas que, no entanto, não têm seu trabalho muito divulgado na região integram a exposição "Caminhos do Cotidiano". Com o intuito de aproximar o público das obras de Enzo Ferrara, Zeti, Adelaide Lawitschka Swettler, João Ruiz e, especialmente, de Sirley Lacerda, a mostra será aberta amanhã, na agência da Caixa Econômica Federal do centro de Mogi (rua Dr. Deodato Wertheimer, 1.660). A entrada é franca.Em cartaz até junho, a mostra reúne quadros de estilos variados, como paciencionismo, a técnica adotada por Sirley, que levará para a exposição aproximadamente 15 obras. "Somos uma equipe, uma união de artistas. Em nossas exposições sempre colocamos um membro do grupo em evidência. Desta vez a Sirley foi escolhida porque ela é uma artista internacional, mas que no Brasil quase não tem sua arte reconhecida", explica Zeti, um dos organizadores do evento. O paciencionismo, segundo ele, é uma arte abstrata que é trabalhada com pontilhado. "Por isso mesmo tem esse nome, que vem de paciência", continua. Além da arte de Sirley, haverá espaço para quadros primitivos, assinados por Ferrara; espatulados, criados por Zeti; e para a arte acadêmica de Adelaide e de João Ruiz. "Cada artista entra com um tipo de material diferente. Todos são mogianos ou moram na cidade há bastante tempo e é exatamente isso que estamos buscando, mostrar a arte de Mogi", destaca outro membro da equipe, Enzo Ferrara. "O Zeti está em Mogi há 50 anos e a Sirlei há 20, eu já estou há 15, mas pouca gente conhece nosso trabalho. Estamos trazendo os artistas para perto do público", acrescenta ele.Sempre valorizando obras que retratam o cotidiano, como sugere o nome, a mostra sofrerá mutações ao longo dos quatro meses que estiver em cartaz. A cada mês, o acervo receberá obras de artistas diversos, entre novatos e veteranos, como o artista naïf Nerival Rodrigues e o grafiteiro Ricardo Aparecido de Lima, o Rica. Ao longo da exposição, alguns quadros estarão à venda. O público que se interessar por alguma obra ou, ainda, os artistas que desejarem mostrar seu trabalho, podem entrar em contato com Enzo Ferrara por meio do telefone 9543-3594.

Telas e quadrinhos dividem espaço no Beco do Sapo


» Publicada em 080709


Telas e quadrinhos dividem espaço no Beco do Sapo

Exposição de arte coletiva promovida pelo grupo Frontispício acontece no próximo sábado, das 9 às 17 horas


Marcelo Alvarenga


Artes plásticas: Ferrara irá retratar, em pinturas ao vivo, cenas da região central da cidade, como a rodoviária e o largo do Rosário


BÁRBARA BARBOSADa reportagem local


Os artistas plásticos do grupo mogiano Frontispício voltam a se reunir em torno de uma exposição de arte coletiva. Desta vez, no entanto, suas obras ficarão expostas a céu aberto, no Beco do Sapo, região central da cidade, no próximo sábado. Na ocasião, eles receberão como convidado especial o desenhista Marco Aurélio.Durante todo o evento, que acontece das 9 às 17 horas, o artista plástico Enzo Ferrara, integrante do Frontispício, fará pinturas ao vivo. Em óleo sobre tela, ele irá retratar cenas da região da rua Dr. Deodato Wertheimer, no centro de Mogi, como a antiga rodoviária e o largo do Rosário. "Estou produzindo uma coleção de quadros de Mogi, e nesse fim de semana vou começar a mostrar como ela será. O resultado final poderá ser visto mais para frente", adianta o artista. Além de Ferrara, Marco Aurélio também fará arte ao vivo: ele irá criar histórias em quadrinhos. De acordo com Zeti, um dos idealizadores do Frontispício, a ideia é que o artista possa retratar, por meio de seus desenhos, a história do Beco do Sapo, local conhecido da população mogiana. "É um momento de férias e com as histórias em quadrinhos pretendemos atrair um público mais jovem. O beco é um local que tem uma história muito bonita. Muitos artistas do passado pintaram o beco em suas telas, e agora queremos fazer isso também em quadrinhos, para que os jovens possam conhecer um pouco dessa tradição", explica Zeti.A exposição contará, ainda, com quadros de diversos estilos, da arte acadêmica à moderna, assinados por artistas que integram o Frontispício, como Adelaide Lawitschka Swettler, Nerival Rodrigues, João Castilho, Marineis Dias e o próprio Zeti, entre outros. FrontispícioLançado em maio, exatamente no Beco do Sapo, o grupo agora trabalha na manutenção cultural do local. "O beco já chegou a ficar abandonado, em uma situação deplorável. Esse movimento que estamos levando para lá é justamente uma manutenção cultural, para que o espaço não seja esquecido e volte a ser o que era antes da última restauração", justifica Zeti. O Beco do Sapo fica entre as ruas Senador Dantas e Coronel Cardoso de Siqueira, no centro de Mogi.

A pintura que recria a beleza ideal


» Publicada em 240709

A pintura que recria a beleza ideal
Moacyr Neri, Adelaide Swettler, João Ruíz e Zeti assinam as telas que estão na "1ª Mostra de Arte Acadêmica", em cartaz até o dia 21 de agosto

Amilson Ribeiro

Exposição: Artístas reúnem obras que retratam paisagens, anjos, animais, entre outros temas que evidenciam a arte acadêmica
BÁRBARA BARBOSADa reportagem local

A arte acadêmica, ou academismo, é o destaque da nova exposição promovida pelo recém-formado grupo Frontispício. Cerca de 15 telas que evidenciam essa técnica - caracterizada por exprimir padrões de beleza de academias de artes européias - compõem a "1ª Mostra de Arte Acadêmica", que teve início na última segunda-feira e segue até o dia 21 de agosto.Com entrada franca, a exposição está em cartaz no restaurante Oásis (rua Professor Flaviano de Melo, 1037, centro) e reúne quadros dos artistas plásticos Moacyr Neri, Adelaide Lawitschka Swettler, João Ruíz e Zeti. O horário de visitação é de segunda a sábado, das 10h30 às 15h30. No acervo da mostra estão trabalhos acadêmicos que retratam anjos, paisagens, animais, entre outros temas que os artistas recriam a beleza ideal. De acordo com Zeti, a exposição marca uma série de eventos que o grupo Frontispício pretende realizar até o fim do ano para valorizar os diversos estilos presente nas artes plásticas. "Nossa ideia é começar a trabalhar com estilos e não focar apenas em temas. Assim, poderemos mostrar para o público que as artes plásticas são formadas por vários estilos", diz.O artista justifica, ainda, a escolha da arte acadêmica para a exposição inaugural dessa série. Segundo Zeti, este é o estilo pelo qual todo aluno inicia seu trabalho, até se tornar um artista plástico. "Na verdade, a arte acadêmica é considerada a primeira linha. Todos os artistas plásticos precisam passar por ela para entender os outros estilos que existem", explica. LeilãoAlém da exposição em cartaz na rua Professor Flaviano de Melo, o grupo Frontispício participa entre hoje e domingo do 1º Leilão Beneficente em prol da Sociedade São Vicente de Paulo. O evento acontecerá às 19h30, no salão da entidade, que fica na rua São João, 802, Bela Vista. Obras de arte de diversos artistas do grupo, bem como de outros convidados, serão leiloadas. A renda será revertida para a sociedade. Informações pelos telefones 4796-9239 e 4798-1494.