Formado por artistas plásticos da Região, o Frontispício pretende ampliar a área de atuação, expondo fora de Mogi das Cruzes
Levar a arte para todos os cantos e públicos é o que move o grupo Frontispício, formado por mais de 23 artistas da Região do Alto Tietê. Após diversas exposições em espaços públicos de Mogi, os integrantes planejaam para 2011 a abertura de uma associação a fim de agitar ainda mais a cultura da Cidade. Para cumprir este objetivo, pretendem promover cursos, entre outras atividades que incentivem os talentos anônimos.
No entanto, para ajudar as pessoas que querem ingressar no circuito cultural, o grupo quer, ainda, selar uma parceria com o poder público. A ideia é que estas atividades possam ser colocadas em prática no fim do primeiro semestre.
A segunda metade do ano, aliás, vai ser de muito trabalho para o Frontispício. A volta das exposições na agência da Caixa Econômica Federal, a realização da Bienal do Alto Tietê e a ida dos trabalhos dos artistas para as cidades do ABC Paulista estão programadas.
Para Enzo Ferrara, de 26 anos, artista plástico e integrante do grupo, os projetos devem ser bastantes variados neste ano que começa. "Já demos entrada no processo para a criação da associação e logo virá a parte de captação de recursos. Estamos em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura para a criação do Salão de Arte Contemporânea, onde os artistas vão expor seus trabalhos. Ainda faltam algumas reuniões e acertos", conta.
O primeiro evento do ano para o grupo é uma exposição no Centro Cultural Casa da Estação, em Poá, agendada para o final de fevereiro.
Em destaque, os trabalhos abstratos da artista plástica Linda Fuga e Nico Pereira. Ela passou a integrar o grupo em 2010 e foi convidada a expor trabalhos por conta da sua identificação com a cidade.
No evento em Poá, além das pinturas e esculturas, os robôs de Nico devem chamar a atenção dos frequentadores da mostra. É uma verdadeira viagem pelo universo dos robôs. São diversos e de vários tamanhos. Todos com um ponto em comum eles são feitos a partir de sucata de aço, mostrando assim o foco de conservação ecológica que o grupo tem.
As exposições organizadas pelo Frontispício, no Beco do Sapo, região central de Mogi, talvez não continuem neste ano, de acordo com Ferrara. "Não temos apoio da iniciativa privada e nem da Prefeitura. Se alguma empresa ou o poder público quiser ajudar, podemos fazer, mas é difícil manter o trabalho exposto ali sem ajuda", relata.
Prometida para o segundo semestre de 2011, a Bienal de Artes do Alto Tietê vai ser outro ponto de exposição das obras destes artistas. Ela acontecerá na casa noturna Loft, no Mogilar, ainda em data a ser definida. "Os organizadores estão definindo os colaboradores, apoios e patrocínios", explica Ferrara.
O trabalho social de inclusão social de deficientes visuais no mundo das artes - desenvolvido pelo grupo - será ampliado neste ano. O grupo tem um trabalho diferenciado na preparação das obras feitas pelos artistas.
"As pessoas podem entender a obra por meio do toque, os quadros têm resinas diferentes e detalhes que explicam a ideia do trabalho", afirma Ferrara.
A expansão é outro projeto do grupo. Santo André e Diadema, municípios da região do ABC Paulista, serão as cidades a receber os trabalhos destes artistas plásticos. Iniciativa planejada para a segunda metade do ano.
Com integrantes de faixas etárias que variam de 25 até 60 anos, o Frontispício espera alçar voos maiores. Em março, o grupo abre inscrições para artistas que queiram participar do projeto. Mais informações sobre o período de inscrições e detalhes sobre a participação no grupo podem ser obtidas pelo telefone 9543-3594 ou pelo blog ofrontispicio.blogspot.com.
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