EM 1947 A “ARTE MODERNA” FAZ SUA PRIMEIRA APARIÇÃO NA BAHIA, USANDO DE UM ESTRATAGEMA PARA NÃO CHOCAR O PÚBLICO.
ORIGEM: REVISTA O CRUZEIRO / 7 DE JUNHO DE 1951
TEXTO: ODORICO TAVARES
FOTOS: PIERRE VERGER
IMAGEM: CARYBÉ EM SEU ATELIÊR, EM SALVADOR - 1950/1951
O MOMENTO QUE RENOVOU AS ARTES PLÁSTICAS BRASILEIRAS, DANDOLHES FORÇA E PRESTIGIO ATÉ ENTÃO DESCONHECIDOS, CHEGOU TARDE À BAHIA. EM 1944, JÁ HÁ VINTE E DOIS ANOSSA SEMANA DE ARTE MODERNA, UM GRUPO DE INTELECTUAIS DESEJOU FAZER UMA MOSTRA DE PINTURA CONTEMPORÂNEA, PELA PRIMEIRA VEZ NA CAPITAL BAIANA. TOMARAM – SE ALGUNS QUADROS EMPRETADOS A COLECIONADORES, CONSEGUIRAM – SE DESENHOS E GRAVURAS DE ARTISTAS PAULISTAS E, NA BIBLIOTECA PÚBLICA EXPUSERAM – SE PELA PRIMEIRA VEZ TRABALHOS DE CÍCERO DIAS, PANCETTI, MANUEL MARTINS, LÍVIO ABRAMO, E ALGUNS MAIS. A EXPOSIÇÃO FOI CONCORRIDA, MAS SOFREU TREMENDA REAÇÃO. “AQUILO ERA DEMAIS”. UM JORNALISTA, NO DIA SEGUINTE, NO SAGUÃO DO PALACE HOTEL, FÊZ UMA “CONTRA EXPOSIÇÃO”. ARRANJOU PAPEL, TELA E TINTA E, COM MEIA DÚZIA DE AMIGOS, RABISCOU QUADROS “MODERNOS” PARA MOSTRAR QUE “AQUILO” QUALQUER UM PODERIA FAZER. O PÚBLICO DIVERTIU – SE E FICOU MAIS CONFUSO AINDA A REPEITO DA ARTE. MAIS CONFUSO E, PORTANTO, MAIS ATRASADO. ATÉ QUE, EM 1947, ESTANDO O SR. OTÁVIO MANGALEIRANO GOVERNO, ANISIO TEIXEIRA NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E O CRÍTICO JOSÉ VALADARES NA DIREÇÃO DO MUSEU DO ESTADO, O ESCRITOR MARQUES REBÊLO TROUXE À BAHIA UMA EXPOSIÇÃO DE ARTE MODERNA. ARTE CONTEMPORÂNEA, DIZIA, PARA NÃO ASSUSTAR O PÚBLICO COM O NOME DE “MODERNO”, JÁ A EXPOSIÇÃO DAVA UMA BOA VISÃO PANORÂMICA DA PINTURA BRASILEIRA, COM QUADROS DE DI CAVALCANTI, BURLE MARX, GUINARD, SEGALL, SANTA ROSA, IBERÊ CAMARGO E OUTROS ARTISTAS CONVIDADOS, FORA TRABALHOS DE ESTRANGEIROS, INCLUINDO GRAVURAS DE ROUAULT, PICASSO, RENOIR, ETC. A IMPRENSA APOIOU A MOSTRA, O GOVÊRNO COMPARECEU, O PÚBLICO CONCORREU EM MASSA, AINDA MUITO DESNORTEADO.
REBÊLO FEZ TRABALHO DE APÓSTOLO: PASSOU VINTE DIAS EDUCANDO O PÚBLICO, A TODOS QUE TIZEM NADA COMPREENDER SÔBRE A EXPOSIÇÃO. FÊZ QUATRO CONFERÊNCIAS E TEVE UMA PACIÊNCIA QUE NÃO SE ESPERAVA NO ROMANCISTA DE “MARAFA”. RESULTADO: CÊRCA DE DEZ MIL PESSOAS VISITARAM A EXPOSIÇÃO, VENDERAM – SE CINQÜENTA MIL CRUZEIROS EM QUADROS E EM RESIDÊNCIA ONDE JAMAIS SE HAVIA FALADO EM PINTURA MODERNA, ENTRARAM QUADROS DE ARTISTAS CONTEMPORÂNEOS. FOI UM SUCESSO E DEIXOU RAÍZES.
JÁ MEIA DÚZIA DE INTELECTUAIS LUTAM POR UM MAIOR CONHECIMENTO DO QUE SE PASSAVA NO MUNDO E NO BRASIL, NO SETOR DAS ARTES PLÁSTICAS. POR QUE A BAHIA SE MANTINHA COMO UM REDUTO INEXPUGNÁVEL A QUALQUER CONTRIBUIÇÃO QUE VIESSE TRAZER DEBATES E ESCLARECIMENTOS EM TÔRNO DO ASSUNTO! O SR. JOSÉ VALADARES, UM DOS MAIORES CONHECEDORES DE PINTURA DO BRASIL E UM TÉCNICO EM MUSEU, BATIA – SE POR INTERMÉDIO DE SUA REPARTIÇÃO E PELA SUA SEÇÃO, NO “DIÁRIO DE NOTÍCIAS”, POR UMA AÇÃO MAIS DIRETA DO GOVÊRNO EM FAVOR DA VERDADEIRA ARTE. DOIS JOVENS ARTISTAS BAIANOS , ATÉ ENTÃO DE TALENTO AINDA NÃO DEFINIDOS, REGRESSAVAM DOS ESTADOS UNIDOS, ONDE FORAM ESTUDAR:O ESCULTOR MÁRIO CRAVO JÚNIOR E O PINTOR CARLOS BASTO.
O PRIMEIRO ESTUDOU COM MESTROVIC, O ESCULTOR IUGUSLAVO QUE VIVE EM NEW YORK, VIU, ANALISOU MUSEUS, E MUITO TRABALHOU. PROMOVEU EXPOSIÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS E REGRESSOU DEPOIS DE DOIS ANOS, TRAZENDO UMA BAGAGEM ENORME: NUMEROSAS ESCULTURAS REALIZADAS NO ESTRANGEIRO. ESTAVA A MARCA DE SEU ESPÍRITOIRRIQUIETO, DE SEU PODER DE ANÁLISE E DE PESQUISA E DE SEU TALENTO JOVEM.
CARLOS BASTOTROUXE TELAS E UMA INFINIDADE DE DESENHOS CARTAZES, DE REVELAR UMA ARTE QUE AINDA NINGUÉM ATÉ ENTÃO SUSPEITARA. ENQUANTO ISSO OUTRO JOVEM , GENARO CARVALHO, USUFRUIA UMA GLÓRIA LOCAL, PINTANDO E VENDENDO CARO QUADROS DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA. A VINDA DOS DOIS JOVENS ARTISTAS COINCIDIU COM O INTERÊSSE DO GOVÊRNO EM TRAZER À BAHIA TODO ARTISTA QUE SE INTERESSASSE PELA NOSSA TERRA. NÃO SÒMENTE ARTISTAS PLÁSTICOS COMO ESCRITORES.
CONFERÊNCIAS SE SUCEDIAM, CURSOS SÔBRE ARTES PLÁSTICAS. UM GRUPO SE FORMOU E FUNDOU UMA REVISTA RENOVADORA, “Caderno da Bahia”. OS SUPLEMENTOS DOS JORNAIS , TENDO O DIÁRIO DE NOTÍCIAS, À FRENTE, COMEÇARAM A CRIAR UM MÁXIMO INTERESSE PELAS ARTES PLÁSTICAS. OUTROS PINTORES BAIANOS FORAM SUGERINDO E TODOS REJEITANDO QUALQUER INFLUÊNCIA ACADÊMICA. JENER AUGUSTO, LÍGIA SAMPÁIO, RUBEM VALENTIM E PASCOAL MAGNÁVITA.
MÁRIO CRAVO OCUPOU UM CASINO INACABADO, NO PÉ DA LADEIRA DA BARRA, E SITUOU ALÍ O SEU ATELIÊR. FOI UM ACHADO: OUTROS ARTISTAS ACORRERAM, INSTALARAM – SE E TRANSFORMOU – SE O PARDIEIRO NUMA OFICINA DE TRABALHO ÁRDUO. MÁRIO CRAVO PROSSEGUE NAS SUAS PEQUISAS: TRABALHA TODO E QUALQUER MATERIAL QUE LHE CHEGA AS MÃOS, MÁRMORE, MADEIRA, ARENITO, FERRO BATIDO, PEDRA, SABÃO. FAZ EXPOSIÇÕES QUE CAUSAM A MAIOR SENSAÇÃO; SUAS OBRAS SÃO ADQUIRIDAS, DECORA APARTAMENTOS MODERNOS; O GOVÊRNO LHE NCOMENDA UMA CABEÇA DE RUI, QUE ESTÁNO FORUM, E A PREFEITURA UM BUSTO DE VIEIRA E DE GREGÓRIO DE MATOS. EM SEGUIDA, O MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO PROMOVE UMA EXPOSIÇÃO SUA QUE OBTÉM SUCESSO. MÁRIO CRAVO VOLTA E PROSSEGUE NA SUA LABUTA DE ARTISTA E ARTEZÃO.
CARLOS BASTO EM PARCERIA COM UM JOVEM DE BOM GÔSTO, É ANTIQUÁRIO, JOSÉ PEDREIRA, DESCOBRE PEQUENA CASA QUE ERA DEPÓSITO DE SEMENTES, ALUGA – A E INSTALA UM BAR: O “ANJO AZUL”. DECORA TÔDAS AS PAREDES COM BELOS MURAIS , MOBILIA A CASA COM MÓVEIS ANTIGOS, PINTA CERÂMICAS, E TORNA O AMBIENTE O MAIS AGRADÁVEL DO GÊNERO EM TODO O BRASIL, CONFORME ACENTUOU O PINTOR CARLOS THIRÉ. “QUE BELEZA” EXCLAMAM TURISTAS E VIAJANTES. MUITOS BAIANOS NÃO GOSTAM DO LOCAL, INVENTAM – SE COISAS A RESPEITO E O BAR SE TORNA UM PONTO DE REUNIÃO DE ARTISTAS, INTRLECTUAIS, VISITANTES E TURISTAS. PARA AS PESSOAS SOFISTICADAS É CHIQUE IR AO ANJO AZUL. VÃO E GOSTAM. OS MURAIS DE CARLOS BASTO SÃO UM PONTO DE ATRAÇÃO, TAMBÉM UM PONTO DE EXPOSIÇÕES DE PINTURA CONTEMPORÂNEA.
ARTISTAS CHEGAM A BAHIA: CARLOS THIRÉ FAZ UMA SÉRIE EXCELENTE DE DESENHOS SÔBRE A BAHIA PARA O “GUIA DA CIDADE” QUE JOSÉ VALADARES E GODOFREDO FILHO – OUTRO GRANDE ANIMADOR – ESTÃO ESCREVENDO. TIZZIANA BONAZZOLA, DJANIRA, POTY, CARIBÉ, MARIA CÉLIA E CHAROUX FAZEM EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS. OS CRITICOS LUÍZ MARTINS, MURILO MENDES E MÁRIO BARATA PROMOVEM CONFERÊNCIAS COM DEBATES. SURGEM TÍMIDOS COLECIONADORES DA PINTURA MODERNA. E QUANDO O GOVÊRNO TOMA UMA DELIBERAÇÃO SURPREENDENTE: PROMOVER O SALÃO BAIANO DE BELAS ARTES, COM AMBITO NACIONAL, E PRÊMIOS NO VALOR DE SESSENTA MIL CRUZEIROS. O PRIMEIRO SALÃO FOI UM SUCESSO: TODOS OS GRANDES ARTISTAS BRASILEIROS COMPARECERAM. O PRIMEIRO PÊMIO DA DIVISÃO MODERNA FOI DADO A UM PINTOR INEXPRESSIVO E SEM NENHUMA IMPORTÂNCIA. O QUE CAUSOU DESAPONTAMENTO E CONFUSÃO NO SEIO DO PÚBLICO. MAS, JÁ O SEGUNDO SALÃO COM O MESMO SUCESSO, PREMIOU JUSTAMENTE ARTISTAS COMO GOELDI, LÍVIO ÁBRAMO, AUGUSTO RODRIGUES, ADELMIR MARTINS E RENINA KATZ; VALE A PENA RESALTAR O BOM GÔSTO E O CUIDADO DAS INSTALAÇÕES DO SALÃO BAIANO, QUE HOJE SE FIRMOU INTEIRAMENTE NOS MEIOS ARÍSTICOS DO PAÍS.
O AMBIENTE, E CADA VEZ MAIS DOMINADO PELO INTERESSE E O ENTUSIASMO EM TÔRNO DAS ARTES PLÁSTICAS. O DESENHISTA ARGENTINO CARYBÉ É CONTRATADO PELO GOVÊRNO PARA AQUI TRABALHAR UM ANO. REALIZA UM DOCUMENTÁRIO DE TREZENTOS DESENHOS SÔBRE AS FESTAS POPULARES BAIANAS, TRABALHO DE PRIMEIRA ORDEM E DE PRIORIDADE DO GOVÊRNO DO ESTADO. EXECUTA UM MURAL, NUM DOS MODERNOS EDIFÍCIOS DO CENTRO EDUCACIONAL CARNEIRO RIBEIRO, OBRA MONUMENTAL QUE ANÍSIO TEIXEIRA EMPREENDEU. REALIZA UMA EXPOSIÇÃO E SURPREENDE A TODOS PELO NÚMERO E PELA QUALIDADE DOS TRABALHOS APRESENTADOS.
POTI, O MAGNÍFICO GRAVADOR BRASILEIRO, QUE CONQUISTOU EM 1950 O PRÊMIO MEDALHA DE OURO DO SALÃO NACIONAL, É CONVOCADO E AQUI REALIZA UM CURSO DE GRAVURA PARA OS JOVENS ARTISTAS BAIANOS. O PRIMEIRO RESULTADO DÊSSE CURSO ESTÁ NO ÁLBUM DE “PONTAS – SÊCAS” DE MÁRIO CRAVO, QUE O MUSEU DE ARTE PUBLICOU. MAIS AINDA, PELA SUA PERSONALIDADE, SEU TEMPERAMENTO, CONQUISTOU A AMIZADE DE ARTISTAS E ESCRITORES E ORGANIZOU UMA GRANDE EXPOSIÇÃO DE ÁGUAS FORTES, MONOTÍPIAS, LITOGRAFIAS, PINTAS SÊCAS, ETC..., E REALIZANDO MAIS DE TRINTA TRABALHOS SÔBRE A BAHIA. O PÚBLICO TOMOU CONHECIMENTO DA GRAVURA COMO UMA ARTE DE TANTA IMPORTÂNCIA QUANTO A PINTURA. O AMBIENTE É INTEIRAMENTE FAVORÁVEL E POTI JÁ VEIO À BAHIA TRÊS VEZES EM MENOS DE UM ANO.
OUTRO QUE VEIO A BAHIA E FICOU FOI PANCETTI. JÁ NOS OCUPAMOS LARGAMENTE NESTA REVISTA DAS ATIVIDADES DÊSTE GRANDE PINTOR EM TERRAS BAIANAS. COM UMA MAGNÍFICA OBRA AQUI REALIZADA, NÃO SABE QUANDO DEIXARÁ SALVADOR. SEUS QUADROS SÃO VENDIDOS A LARGA E COLECIONADORES DO SUL E DO NORTE DESCEM DE BORDO PARA ADQUIRIR AS MARINHAS BAIANAS DE PANCETTI.
TÔDA UMA RENOVAÇÃO SE PROCESSA NA BAHIA. SURGEM OS NOVOS ARTISTAS COM INCOMUM DESEJO DE TRABALHO. INSATISFEITOS, PESQUISANDO E RENOVANDO. GENARO ROMPENDO COM OS CAMINHOS PERCORRIDOS QUE LHE TROUXERAM UMA GLÓRIA LOCAL – O MESMO ACONTECENDO COM MARIA CÉLIA – SEGUIU PARA A EUROPA E ESTUDOU COM LHOTE E LEGER, REGRESSANDO , TROUXE UMA PINTURA RENOVADA E REALIZOU O MAIOR MURAL DO BRASIL, ATÉ HOJE: PINTANDO AS PAREDES DO BAR DO NOVO HOTEL, INSPIRADO NAS FESTAS POPULARES BAIANAS. TRATA – SE DE UM TRABALHO SÉRIO E DE QUALIDADES QUE FORAM FARTAMENTE ELOGIADAS POR UM CRÍTICO DA RESPONSABILIDADE DO SR. JOSÉ VALADARES. ATÉ ONTEM FECHADO A QUALQUER MODALIDADE DA OBRA DE GENARO. O JOVEM ARTISTA MOSTRA TAMBÉM SEUS QUADROS DE CAVALETE E ALGUNS DELES SÃO EXCELENTES. “VERIFIQUEI, EM PARÍS, O QUE É A VERDADEIRA PINTURA. NÃO FIZ A PARÍS DE BISTRÔ, DE CAVAS, DE CASINOS OU DE CABARÉS. TRABALHEI ARDUAMENTE, COMO JAMAIS FIZ, E TIVE UM ORIENTADOR DA MARCA DE LHOTE, UM DOS MAIORES CRÍTICOS E PROFESSÔRES DO MUNDO. NA ARTE, NÃO ME INTERESSAM HOJE OUTROS CAMINHOS, SE NÃO OS DA VERDADE”. DIZ – NOS ÊLE.
NÃO SE PODE AINDA AQUILATAR DA IMPORTÂNCIA DÊSTE MOVIMENTO QUE RENOVA OS MEIOS ARTÍSTICOS BAIANOS E QUAL A SUA CONTRIBUIÇÃO AOS SETORES NACIONAIS, MAS PODE – SE DIZER QUE, NA BAHIA, A ARTE ESTÁ SENDO LEVADA A SÉRIO E NUM AMBIENTE FAVORÁVEL, ATÉ HOJE COMO EM NENHUMA OUTRA PARTE DO BRASIL. DEPENDE EM PARTE DA COMPREENSÃO E DO INTERÊSSE DO ATUAL GOVÊRNO O MAIOR OU MENOR SUCESSO DÊSTE ADIMIRÁVEL MOVIMENTO. O QUE É CERTO É QUE DURANTE A GESTÃO MANGABEIRA, PROCESSOU – SE, SOB A SUA INTELIGENTE E DISCRETA INFLUÊNCIA, UMA VERDADEIRA REVOLUÇÃO NOS SETORES DAS ARTES PLÁSTICAS BAIANAS.