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sábado, 22 de setembro de 2012

jornal MOGI NEWS de 19/09/2012


Enzo Ferrara expõe a sua arte naif
Artista leva seus trabalhos para o Museu de Arte Popular de Diadema, nos quais retrata temas da cultura mogiana
Maria Regina Almeida
Da Reportagem Local
Divulgação
Capela do Ribeirão, em Taiaçupeba, em Mogi; estará na mostra
O artista Enzo Ferrara, que mora e tem ateliê em Mogi das Cruzes, inaugurou a exposição "Olhos Naïfs" no Museu de Arte Popular de Diadema (SP), que estará em cartaz até o dia 29 de setembro. Ao todo, são 22 pinturas, três cerâmicas, uma imagem de arte sacra e duas fotografias. Também integra o acervo uma máquina de costura antiga.

O Museu de Arte Popular de Diadema está localizado na rua Graciosa, 300, no centro, em Diadema. O espaço abre de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e aos sábados, das 14 às 18 horas. Mais informações pelo telefone 4051-5408.

"Olhos Naïfs", título escolhido por Enzo Ferrara para a exposição, comemora os 18 anos de carreira do artista. Nela, Ferrara, que nasceu em São Paulo, mas mora há sete anos em Mogi, expõe a cultura mogiana, com telas que mostram igrejas e um pouco da arquitetura da cidade, ao lado de temas que retratam o ABCD Paulista, além de obras com assuntos mais universais, como a cultura cigana, a questão da imigração ilegal, a cultura LGBT e o grito contra a guerra.

O significado de Arte Naif, denominada de Arte Primitiva Moderna, é uma arte simples, desenvolvida por artistas sem preparo e conhecimento das técnicas acadêmicas. O artista parte de suas experiências próprias e as expõe de uma forma simples e espontânea.

Enzo Ferrara integra a nova geração de artistas naif. "Olhos Naïfs" também é o título do livro que Ferrara prepara para ser lançado no segundo semestre do ano que vem. Segundo ele, será a primeira obra escrita por um artista que integra esta corrente artística. Recém-premiado em Piracicaba, o artista avaliou como importante a oportunidade de expor suas obras, em especial, as com os temas de Mogi, em Diadema. "É uma forma de difundir a arte local para outras regiões. Também vamos promover, no último dia da exposição, um debate para discutirmos a arquitetura colonial do centro de Mogi e o Museu de Arte Sacra da Igreja do Carmo", contou.
Esse debate, marcado para as 14 horas, vai abordar a nova arte naif no Brasil do século XXI.