FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Duas Mostras de Arte e Cultura em Sabaúna


vamos a


Email enviado pela companheira Marineis Dias/ Vamos participar e prestigiar nossos artistas.

Olá, bom dia a todos

Estamos promovendo duas mostras de Arte e Cultura em Sabaúna, entre os meses de outubro, novembro e dezembro.
A I Mostra em outubro, vem com uma Mostra Experimental de Teatro, Shows, sarau, roda de conversa e muito mais.
A programação se iniciou no último dia 13/10, mas temos atrações o mês todo.
A II Mostra começa em novembro e trará muitas atrações boas, um Encontrão de Bonecos Gigantes, Dança, teatro,
Shows e ainda um Concuros de marchinhas carnavalescas.
Aproveita essa festa da Cultura, todas as atrações são gratuitas. Confira a  programação  anexa a este e-mail.
informações:

Marineis Dias
Associação Nacional de Preservação Ferroviária - ANPF
Ponto de Cultura - Estação Cultural Sabaúna
11 - 7198 0779

Feira PARTE/ Paço das Artes em São Paulo SP

A Feira já acabou, mas você pode conferir aqui algumas imagens de obras que estavam em promoção. Veja as tendencias do mercado de arte, com fotos de galerias e diretamente com o artista. O destaque vai para a utilização de novos materiais, de materiais recicláveis, como a lona de caminhão e a utilização cada vez mais comum da tinta acrílica.














ELITE CULTURAL



Cultura, Representatividade e luta de Classes

Por: Enzo Ferrara

O dicionário Aurélio define elite como o que há de melhor numa sociedade ou num grupo social ou no caso da divisão de classes dentro de uma sociedade, camada social que detém mais privilégios.
Sabemos que existe uma luta de classes, declarada a muito tempo, de um lado a minoria que tem acesso a melhor educação, saúde, comida, vestimenta, até mesmo acesso a produção cultural, pois ela tem acumulo de recursos, o que permite uma vivencia ampla e privilegiada de tudo isso. A Classe “A” da elite também produz cultura, que podemos definir como “Cultura Erudita”, feita pela elite social, para se consumida pela elite, tais como o Teatro nos melhores espaços, ver um lançamento exclusivo de um Filme, ficar na área vip de uma casa noturna, freqüentar os melhores shows, enfim tem o acesso a produção cultural, antes de todos. No outro lado a maioria, o Povo, que não tem acumulo de riquezas, ganha o necessário para viver, tem acesso a produção cultural primeiro só quando a cultura é de “Cultura de Massa”, como pro exemplo as novelas da Rede Globo. O povo é classificado como público popular, tem acesso a cultura quando ela se populariza, todos consomem e assim a produção fica num valor mais acessível, aí todos podem consumir. O Popular também produz arte, muitas vezes recebe o nome de cultura popular e suas vertentes, bons exemplos são as festas populares como a junina e a do divino, o artesanato, na música o forró, música sertaneja, Samba e até mesmo o funck, nas artes visuais a arte Naïf e a Cerâmica figurativa.
Essa luta de classes muitas vezes parece desigual, por que ao produzir cultura o resultado se torna um produto, o produto deve ser vendido, mas quem tem dinheiro para consumir esse produto, muitas vezes é a elite. O povo muitas vezes o povo nunca tenha acesso a algumas produções culturais, pois não conseguem chegar até ela.
A Função de democratizar o acesso a cultura é do governo, que tem verba para apoiar a produção cultural e promover o acesso a ela. Definir o que é melhor, não é função fácil, de tempos em tempos tem o debate dos meios de fazer isso, como os pontos de cultura, os projetos do Minc, fazer esse acompanhamento é função de todos.

A Elite cultural é um caso a parte, pois nesse caso ela é formada exclusivamente por artistas, que se destacam mais no meio da produção cultural de uma cidade, região, Estado ou País. O diferencial da elite cultural, não é o dinheiro, os artistas pertencentes a ela nem sempre acumulam riquezas, ou moram em bairros nobres, a riqueza nesse caso é de outra qualidade. A Riqueza que a elite cultural acumula é a do conhecimento e experiência de vivenciar os caminhos da produção cultural. O Professor de faculdade é um bom exemplo, muitos são mestres e doutores nas mais variadas disciplinas, mas devido à falta de atenção e apoio a educação no Brasil, muitos deles não ganham um salário mais justo a altura da importância desses profissionais, que formam outros profissionais, que podem atuar no campo da pesquisa e do ensino.
No caso de Mogi das Cruzes existe uma clara divisão de duas elites culturais. Uma é a elite veterana, compreendida pelos artistas que produzem arte a partir da década de 1960, com a criação da Amba e participantes das edições das Bienais do Alto Tietê. Artistas como Nerival Rodrigues, Lúcio Bittencourt, Maurício Chaer, Belini Romano, Olga Nóbrega, Ana MarB, Akino Nakatani, , Victor Wou, Daniel Melo, Marcos Leandro e Norberto Duque são alguns artistas representantes da elite, que aqui vamos chamar de “Velha Guarda”, alguns nem fazem mais exposição na região ou não produzem mais como é o caso do JAM (José Antônio Moraes). A Principal característica desses artistas é a produção de arte voltada para elite social e o desejo de ascensão social através delas.  
Existem alguns artistas que não se enquadram no perfil da primeira elite, são artistas de produção mais acessível, que tem um trabalho de crítica de valores e até mesmo da divisão de classes e da falta de acesso a produção cultural para a maioria, que aqui vamos chamar de “Elite de Rua” caso esse de João Castilho e do Grafiteiro Bozer, de Cláudio Assis Leme, alguns grupos como o  galpão Arthur Netto.
A “elite popular” é a contradição da contradição, é uma elite, pois se destaca, mas é composta por artistas que promovem ações culturais, visando dar acesso a toda produção cultural da região, caso esse da artista Marineis Dias, que promove ações culturais na Estação Cultura em Sabaúna, a Arte Educadora Jô Ferré, que utiliza artistas da cidade de Mogi das Cruzes para ensinar arte para alunos da rede pública de ensino, o grupo de danças brasileiras Jabuticaqui, e os artistas do grupo de artes Frontispício, onde alguns artistas se destacam mais, caso esse de João Ruíz, Linda Fuga, Adelaide L. Swettler, Zeti Muniz, Aretusa B.B. Nico Pereira, Enzo Ferrara e Milton Martins. Entre esses artistas uma das principais características é que muitos deles têm uma segunda ocupação, que auxilia o trabalho de artistas plásticos, alguns trabalham como professores de pintura, outros como restauradores, professores, costureiro, encanador, e no meu caso de Barman e Garçom.
O mundo mudou, a definição de muitas coisas mudaram também, estamos no início de um novo século, e a questão agora é sobre como a geração, daqui a 100 anos irá nos ver? Hoje podemos definir como uma mudança significativa, de alguns artistas que tem uma forte ação social na comunidade onde vivem, muitos estão se aproximando do povo, não como antes, como alguém que vem apenas fazer pesquisa para produzir a obra de arte e depois vai embora, alguém distante da realidade, mas como o artista que faz parte, que as pessoas podem encontrar na fila do supermercado, o artista que faz parte, que inclui e questiona, uma pessoa de carne e osso. E a tendência é popularizar cada vez mais a arte.      


sábado, 6 de outubro de 2012

PÇA DO CARMO


Folium expõe obras feitas pelos alunos
Mostra, que será aberta hoje e ficará em cartaz até o dia 31, traz os trabalhos dos estudantes do curso de Pintura
Suéller Costa
Da Reportagem Local
Divulgação
Na exposição que será aberta hoje o público confere obras acadêmicas e contemporâneas
Os alunos do curso de Pintura da Folium Escola de Arte vão expor os trabalhos produzidos ao longo da oficina ao público. Intitulada "Artfolium", a mostra, que contará com cerca de 50 obras, será aberta hoje, às 20 horas, e permanece em cartaz até o dia 31 de outubro. Todos estão convidados a prestigiar as atividades desenvolvidas pelos estudantes sob o comando do artista plástico Daniel de Sousa Melo.
O horário de visitação é de segunda a quinta-feira, das 9 às 22 horas; e às sextas e sábados, das 9 às 18 horas. A unidade fica na rua José Bonifácio, 524, no largo do Carmo. A entrada é gratuita.

Na exposição, o público confere obras acadêmicas e contemporâneas. Dentre os temas, paisagens, florais e até experimentos de materiais serão destacados. Todas as telas estarão à venda. Há trabalhos produzidos por 35 participantes, além de ex-alunos, que também compartilham o seu talento artístico.
O evento, que tem a parceria de Michel Abud, marca o retorno de Daniel de Sousa Melo à Folium. Ao lado dos irmãos, o fotógrafo Derli Melo e o designer Adriano Melo, ele é um dos fundadores da escola mogiana, um profissional que tem uma grande bagagem para transmitir àqueles que possuem um carinho especial pelas artes plásticas. Ele começou com um ateliê no centro de Mogi, inicialmente, apenas produzia as suas obras. Mais tarde, passou a ministrar cursos e oficinas, e, hoje, vive da arte. "A proposta do ateliê foi para a produção, pois eu trabalhava com galerias. Mais tarde, decidi montar um ateliê-escola, que, no início, contava apenas com uma sala, mas muitos alunos. Devido à grande procura e o fato de os meus irmãos estarem ligados à área artística, nós decidimos montar uma escola de artes, no caso, a Folium", conta.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

VOTAR EM QUEM?

Voto neste ano naqueles candidatos que realmente desejam uma Mogi das Cruzes mais democrática, menos desigual. Que as pessoas, as de periferia, tenham as mesmas oportunidades de vida que os moradores do perímetro central. Que mais espaços de empregos estejam localizados nos seus próprios bairros. Que mais escolas de qualidade formem cidadãos participantes e não pessoas preocupadas apenas com o seu sucesso profissional.

Que mais centros de saúde se comprometam a uma medicina preventiva e não somente com as doenças instaladas. Estas, como atualmente são tratadas, não podem ter meses para o seu diagnóstico e cura.

Que se faça uma segurança pública em prol da paz formando uma polícia comunitária e não a da guerra voltada contra os pobres.

Voto naqueles candidatos que irão cumprir com seu dever legislativo: fiscalizar e apresentar projetos criativos para melhoria da cidade. Repito: vereadores deveriam se comportar como ouvidores dos munícipes e não como placebos do poder.

E por quê? Sendo fiscalizados, os prefeitos tenderão propor orçamentos corretos, justa aplicação dos investimentos, perfeitas licitações, metas transparentes de realizações de obras, etc. E não sintam receio dos movimentos sociais que, sem interesse na promoção partidária ou pessoal, apresentam soluções para os mais diversos problemas locais.

Nestas eleições, voto naqueles candidatos que se preocupam com a Cultura mogiana, tão desprezada por anos a fio. Diagnóstico local: os artistas das mais variadas áreas estão se deslocando para outros centros mais receptivos. Por aqui, inexistem espaços apropriados - só galpões - para artistas plásticos apresentarem seus trabalhos.

Aqui, sequer houve um, apenas um, encontro com grandes intelectuais brasileiros (Ferreira Gullar ou Ariano Suassuna, por exemplo). E principalmente: desde 1933, todos os prefeitos prometeram construir o nosso Centro Cultural, mas cultura por aqui, parece que rima com urticária nas ideias.

Enfim, Mogi das Cruzes, desde a época do prefeito Waldemar Costa Filho (com exceção do ex-secretário Armando Sérgio da Silva) foi um cemitério público das artes em geral. Que pena...

Voto naqueles candidatos que defendam os chacareiros estando ao seu lado pela posse de suas terras tão violentamente atingidas por interesses particulares. Voto naqueles candidatos que desejam controlar o apetite de construtoras que fazem de nossa cidade um paliteiro imobiliário.

Voto por uma Mogi das Cruzes mais justa.


Mário Sérgio de Moraes
é historiador e professor de Cultura Brasileira

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Do G1 SP
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O Museu de Arte de São Paulo (Masp) comemora nesta quinta-feira (4) 65 anos. Como parte das comemorações, o Masp tem visitação gratuita nesta quinta até as 18h. Além disso, haverá a apresentação da Filarmônica Bachiana do Sesi de São Paulo para convidados.
O museu foi idealizado por Assis Chateaubriand, empresário e jornalista, e Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte italiano. As primeiras obras de arte do museu, fundado em 1947, foram selecionadas pessoalmente por Pietro Maria Bardi na Europa do pós-guerra, em suas inúmeras viagens às principais capitais culturais com Chateaubriand.
Ao longo de sua história, o museu foi ponto de partida de instituições como a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a escola de artes da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e a Mostra Internacional de Cinema, cuja ideia também nasceu no Masp. Os filmes da mostra eram exibidos com exclusividade no museu em seus primeiros anos.

O acervo do Masp, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1969, possui atualmente cerca de 8 mil peças, dentre as quais destacam-se as pinturas ocidentais, principalmente italianas e francesas, como de Rafael, Mantegna, Botticceli, Delacroix, Renoir, Monet, Cèzanne, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse e Chagall. No lugar há também uma grande coleção de pinturas da escola portuguesa, espanhola e flamenga, além de artistas ingleses e latino-americanos, como Diego Rivera. Dentre a coleção de artistas brasileiros, destacam-se Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Almeida Junior.
Dentre as esculturas, destacam-se os mármores da deusa grega Higéia do século IV a.C. e a coleção de 73 esculturas de Degas, que só podem ser vistas integralmente no Masp, no Metropolitan Museum de Nova York ou no Museu D'Orsay, em Paris. Também destacam-se coleções de gravuras, fotografias, desenhos, arqueologia, maiólicas, tapeçaria e artes decorativas europeias, além de uma grande coleção de peças kitsch, também fazem parte do acervo do museu.
O edifício sede do museu, com 11 mil m² divididos em cinco pavimentos e com vão livre de 74 metros, é um ícone da cidade de São Paulo. Em 1982, o prédio foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e em 2003 pelo Iphan.

Serviço
Masp - Museu de Arte de São PauloAv. Paulista, 1578
Horário: de terça-feira a domingos e feriados, das 10h às 18h; quinta-feira, das 10h às 20h
Ingresso: R$ 15 (com meia-entrada), crianças até 10 anos e pessoas acima de 60 anos não pagam; às terças-feiras o acesso é gratuito.
Tel: (11) 3251-5644
site: masp.art.br

quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Heitor dos Prazeres



Nascido da família simples do marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional, Eduardo Alexandre dos Prazeres, e da costureira Celestina Gonçalves Martins, moradores da Rua Presidente Barroso, no bairro da Cidade Nova (Praça Onze), Heitor dos Prazeres nasceu no dia 23 de setembro de 1898, uma década após a abolição da escravatura.

Em 1937, começou a se projetar como pintor, participando de exposições, sempre incentivado pelos amigos. Começava assim a dupla atividade de sambista e pintor.

Em 1943, Heitor dos Prazeres passa a integrar o elenco da rádio Nacional do Rio de Janeiro e a participar de exposições de pinturas pelo Brasil e o exterior. Uma delas foi a exposição da RAF em benefício das vítimas da 2.a.guerra, na qual apresentou sua tela Festa de São João, indicada pelo amigo e admirador Augusto Rodrigues, também participante da coletiva, que reunia artistas de vários países. O quadro do mestre Heitor foi adquirido pela então princesa Elizabeth, em Londres. Com isso a fama do pintor cresce e no mesmo ano é convidado a expor individualmente no diretório acadêmico da Escola de Belas Artes, em Belo Horizonte.

“A PRIMEIRA BIENAL DE ARTE MODERNA”, em São Paulo. 

Incentivado novamente pelo amigo, jornalista e crítico de artes Carlos Cavalcante, participou da Primeira Bienal de Arte Moderna, com repercussão internacional, que reuniu, em 1951, artistas de várias expressões do Brasil e do mundo, proporcionando uma grande alegria na sua carreira com a contemplação do terceiro prêmio para artistas nacionais através do quadro intitulado Moenda, que até hoje faz parte do acervo do museu.

Adaptado de www.heitordosprazeres.com.br