FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

terça-feira, 5 de abril de 2011


REGINA Glycia Matsutani, 71 anos, foi professora de Educação Física durante 30 anos, mas só após sofrer um acidente e ter de ficar numa cama, descobriu sua verdadeira vocação: escritora. Incentivada pelos filhos e com um aprendizado deixado pelo avô, Aleixo Costa, poeta e escritor, e por seu pai, orador e um amante da literatura, que de certa forma obrigava os filhos a ler e a praticar esporte, Regina acumulou uma bagagem literária que a ajudou a escrever vários livros de poesia. Em breve, ela lançará mais uma obra, intitulada “Bouquet
de Afetos”.
Em seu primeiro livro “Amor Perfeito” – nome de uma flor cultivada no quintal de sua casa – escrito em 2000, ela conta a história da Mogi das Cruzes dos anos 50 a 60 e de sua mocidade. O livro foi escrito no período em que Regina publicava artigos no jornal Frenesi, falando dos anos dourados de sua mocidade, quando ainda estudava no Instituto Washington Luís. “Minha primeira poesia no estilo rondó foi ‘Âncora’, depois vieram outras, em que eu falava sobre o céu, os rios, a Natureza. Um belo dia, eu disse: eu preciso escrever um soneto, então, fiz uma poesia sobre a árvore, a chuva e de repente me vi escrevendo versos parnasianos, e nunca mais consegui deixar este estilo”, lembra,
Depois, Regina escreveu “Imagem e Poesia”, inspirada nos filhos Nelson Freitas, que é ator (do “Zorra Total”), Fábio Freitas, fisioterapeuta, mas que toca bateria, Guilherme Costa, coordenador de Farmácia da UMC, e Régis Freitas, formado em Marketing Internacional, mas um apaixonado por fotografia. “Em 2001, resolvi escrever outro livro de poesia ‘Amores’, onde utilizo as imagens feitas pelo Régis”, conta.
Em 2004, Regina percebeu que poderia orientar as pessoas com sua experiência como professora e dona de casa e escreveu “Construindo um Lar”. Depois, resolveu homenagear seus amigos e parentes e, em 2006, publicou “Amigos para Sempre”, onde fala de pessoas, como o maestro Niquinho, a Solange, do Canarinhos do Itapety, “enfim, todas as pessoas que me despertam o amor pela arte”. “Depois, pensei no meu amor pelos animais e resolvi escrever ‘Cachorro Bonito’, com histórias de infância dos filhos, da minha irmã, enfim, sobre os bichos de estimação da família e dos amigos”.
Já o “Bouquet de Afetos”, que foi escrito em 2003, só será lançado agora. “Estou dependendo da agenda do Nelson Freitas, que sempre participa dos meus lançamentos”.




Família pé-de-valsa

A escritora Regina Glycia conta que escrever não a sua única paixão. Desde muito cedo, já gostava de dançar. Fez vários cursos, deu aulas e se apresentou com um grupo de dança de rock numa época em que o estilo musical era discriminado, um escândalo para a sociedade. “Na época, meu pai ficou horrorizado”, lembra. Talvez por isso o filho Nelson Freitas tenha escolhido ser ator. “Ele dança muito bem. Quando estava na Argentina, fazendo ‘Chiquititas’, aprendeu a dançar tango”. Em breve, Nelson Freitas estará participando do programa “Domingão do Faustão”, no quadro “Dança dos Famosos”, e mostrando mais um de seus talentos. Aguardem!

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