Ata da Reunião:
Local:
CECAP (Centro Cultural Antonio Pinhal/ Colégio de Arquitetos)
Rua:
Boa Vista, 108, Centro de Mogi das Cruzes/ SP
Data:
04 de Março de 2013
Período
da Reunião: 19:00 às 22:00 Horas
Assinatura
das Testemunhas:
Foi
criado oficialmente o Acervo Sem Parede, com as assinaturas de testemunhas Enzo
Ferrara, Frans Paulo Swettler, Adelaide L. Swettler, Nerival Rodrigues da
Silva, Claudio Assis Leme, Paulo Donizeti Muniz de Queiroz,Luís Felício, Auro Malaquias dos
Santos, Maria Lourdes da Silva, Lindaura M. Fuga, Alexandre José Mendes, Leis
Folici e José Batista Oliveira.
Falamos
sobre o pedido para utilização do Espaço Cultural da Câmara Municipal de Mogi
das Cruzes para fazer a primeira exposição oficial do Acervo Sem Parede. O
ofício foi protocolado na Câmara Municipal em 04 de Fevereiro de 2013, com o
código CM 0131 04 Fev’13 16:56.O pedido foi indeferido:
A Resposta
dada pela Cerimonial da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes:
“A
Exposição vai atrapalhar as atividades da Câmara Municipal, pois Baners são
Fixados nas paredes, e o espaço vai passar por reformas, sendo aberta uma porta
para o estacionamento, extinguido assim o espaço cultural, ainda foi falado que
o descritivo não estava completo, mesmo seguindo um anexo descritivo. O
Cerimonial ainda se justificou dizendo que a Câmara Municipal de Mogi das
Cruzes não tem um departamento responsável por organizar exposições, mesmo
tendo um espaço cultural, dizendo também que a Câmara não tem o interesse de
promover exposições durante o período de um mês por considerar um tempo muito
longo para utilizar o espaço, houve uma orientação de procurar outros espaços,
dizendo que é obrigação da prefeitura municipal oferecer espaços e não da
Câmara”
Resposta
dos artistas: revolta pela resposta da Câmara Municipal de não receber bem a
proposta de exposição, para dar acesso a cultura para população, e procurar
realmente outros espaços para levar o Acervo Sem Parede, inclusive em outros
municípios da região.
A
Proposta é tentar promover numa das faculdades de Mogi das Cruzes.
Foi
passado um breve descritivo histórico de como o Acervo Sem Parede foi criado e
o plano Museológico, com linha do tempo, previsão para que ele tenha um CNPJ e
busque um local físico para implantação de um futuro museu que atenda a demanda
da Região do Alto Tietê.
Falamos
do plano de trabalho e diálogo junto ao município de Guararema, onde o grupo de
Artes Frontispício pretende levar exposições, por considerar o município com
grande potencial de desenvolvimento na área da cultura, por ser uma cidade
voltada para o turismo.
Comentamos
sobre a conquista da criação do MAR (Museu de Arte do Rio), dizendo que é uma
referencia e que deveria ser um exemplo para outras prefeituras do Brasil.
Informamos
que Sete artistas do Grupo de Artes Frontispício vai promover a Exposição “ As
Cores da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes” no MAP (Museu de
Arte Popular de Diadema), e plano de trabalho de levar uma exposição
comemorativa de 5 anos de aniversário de criação do grupo de artes Frontispício
para a Região do ABCD.
Informamos
sobre o resultado da Reunião com o atual Secretário de Cultura de Mogi das
Cruzes, Mateus Sartori, falando que foi positivo, pois fomos muito bem
recebidos e ouvidos por parte da Secretaria de Cultura e negativo no sentido de
praticas culturais, pois novamente a secretaria disse não ter dinheiro para
promover atividades.
Falamos
sobre o conselho, se houver um representante por parte dos artistas plásticos,
ele deve estar vinculado com uma organização civil, como Ong, Ponto de Cultura,
Associação, e que o futuro conselheiro representativo das artes plásticas terá
muitos desafios dentro do Conselho Municipal de Cultura, que é quase um
trabalho voluntário, com muito por fazer.
Foi
informado que o CECAP (Centro cultural Antônio Pinhal) vai promover ao longo do
ano de 2013 exposições de duração de um Mês, coletivas e individuais. O artista
Zeti Muniz fica responsável por organizar a agenda de exposições junto aos
artistas.
Foi
tirada uma foto coletiva com os artista que participaram da reunião, para
documentar o momento de Maturidade e Independência dos artistas plásticos de
Mogi das Cruzes, diante ao desafios da área da cultura atual. Foi um momento
histórico de criação do acervo e tomada de conhecimento do plano de trabalho
para os próximos anos.
Foi
informado que o espaço vai receber reuniões todas as primeiras segundas de cada
mês para debater o andamento das atividades culturais do Grupo de Artes
Frontispício, da Cidade e na Região.
Veja o plano museológico e um Breve Histórico.
Breve Histórico do Acervo Sem Parede
A
Formação do Acervo Sem Parede tem início no ano de 2010 com a realização da II
Expo Tieteìsmo em Suzano / SP, promovida pelo grupo de Arte Frontispício em
parceria com a Secretaria de Cultura de Suzano. Na ocasião foram incorporadas
ao Acervo particular do Artista Responsável pela guarda do Acervo, duas obras
importantes: Uma Cerâmica feita pelo artista Wagner Zaramello e a escultura
Tango de Lúcio Bitencourt, a partir de então o grupo passou a promover
exposições em outras cidades da região do Alto Tietê, ABCD Paulista e interior
do Estado de São Paulo. O Segundo momento importante da formação do Acervo foi
a exposição “Cores de São Paulo”, promovida no Museu Histórico de Santo André
Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, foi um momento muito importante de intercâmbio
cultural entre as duas regiões da grande São Paulo, estreitando o
relacionamento do acervo com importantes instituições daquela região como a
Pinacoteca de São Bernardo do Campo e o MAP (Museu de Arte Popular de
Diadema/SP). Estava claro que a região do Alto Tietê tinha uma deficiência na
oferta de exposições, principalmente por não ter um espaço físico, um museu ou
pinacoteca.
O
terceiro momento importante para a criação do Acervo sem parede foi uma ação
cultural, que deu acesso e incluiu a população de Mogi das Cruzes ao Acervo. Em
agosto de 2012, aconteceu a primeira exposição em que foi utilizado o nome
oficial de Acervo Sem Parede. Na ação cultural da Quadra de Basquete da Vila
Industrial de Mogi das Cruzes.
Paralelamente
o grupo de Arte Frontispício já realizava reuniões de organização com o
objetivo criação de um Museu ou Pinacoteca em Mogi das Cruzes. As reuniões
aconteceram entre 2011 e 2012 no CECAP (Centro Cultural Antônio Pinhal) em Mogi
das Cruzes.
Na
data de 21 de outubro de 2012, o CECAP recebeu uma reunião oficial do SISEM/SP
(Sistema Estadual de Museus do Estado de São Pulo), a reunião contou com a
participação de representantes das cidades de Santo André e ABCD Paulista, Mogi
das Cruzes, Poá, Guarulhos, Suzano, Guararema e Biritiba Mirim e importantes
representantes de organizações sociais voltadas para área da Cultura e
Desenvolvimento como a empresa Gaia Brasil (elaboração de Projetos para a área
da cultura) e ADRAT (Agência de Desenvolvimento Regional do Alto Tietê).
Plano Museológico:
Após
a realização da Reunião com o SISEM/SP começa a ser elaborado o Plano
Museológico para a criação oficial do Acervo Sem Parede, como a catalogação das
peças do Acervo, registro, pesquisa dos artistas produtores das obras,
incorporação definitiva de obras dos artistas que enviaram propostas de doação,
criação de contatos como email e perfil no Facebook e o logotipo oficial do
acervo, a caneca com pincéis.
Atualmente
para ter acesso ao Acervo Sem Parede só é possível de forma permanente através
do Perfil no Facebook, onde contém um breve histórico e fotos das principais
obras permanentes do acervo. As obras permanentes do Acervo Sem Parede são
mantidas no Município de Mogi das Cruzes na Casa Ateliê de Enzo Ferrara,
periodicamente as obras participam de exposições itinerantes por outras cidades
do Estado de São Paulo.
No
dia 04 de março de 2013, será oficializada a Criação do Acervo Sem Parede,
quais são as obras permanentes do acervo, qual será o objetivo e a linha de
trabalho para o futuro.
Podemos
já adiantar que o Acervo Sem Parede valoriza a diversidade cultural do povo
Brasileiro através das artes visuais, objetos históricos, livros, brinquedos
populares, artesanato tradicional, documentos, fotos e muitas outras
curiosidades. O destaque do acervo permanente são as obras de arte visual como
Esculturas, Pinturas e fotografias, na qual valorizam o perfil de arte popular
e de artistas da região de Mogi das Cruzes, que por ser a maior em território
da Região do Alto Tietê, tem mais artistas e uma histórica relacionada com a
produção de artes visuais do país mais antiga.
A
segunda etapa do plano Museológico é promover uma exposição variada com as
obras do acervo permanente, para receber uma visita de avaliação técnica do
SISEM/SP, que dará um aval sobre a importância do valor artístico cultural das
obras do acervo, isso será possível após a abertura oficial em cartório, quando
o Acervo Sem Parede tiver vinculo com CNPJ, e se transformar em Pessoa
Jurídica, através de ONG, Associação ou Fundação.
A
terceira etapa do plano Museológico, acontece após o aval do SISEM/SP, que
dando apoio, ao lado do MAP de Diadema/SP, Pinacoteca de São Bernardo do Campo
e MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil) do Rio de Janeiro/RJ, vão
contribuir para a criação da Fundação mantenedora do Acervo Sem Parede.
A
quarta etapa do plano Museológico é a criação física do Museu numa das cidades
da região do Alto Tietê, não necessariamente na cidade de Mogi das Cruzes.
Nessa etapa o Acervo Sem Parede muda de nome para Museu seguido do Nome de um
artista falecido que tenha morado na cidade Cede do Museu definitivo, ou de
algo relacionado com a cidade onde ele está. Na distribuição interna do Acervo
serão selecionadas as obras mais representativas, distribuídas por salas de
Arte Acadêmica, Arte Naïf, Arte Contemporânea, obras Tridimensionais,
fotografia, arquivo áudio visual, biblioteca de arte e arquivo de arte, acervo
técnico e administração e loja de artigos, que vão gerar fundos para manter o
funcionamento do Museu definitivo. Seguindo o exemplo do Centro Cultural São
Paulo todas as salas e departamentos vão receber nomes de artistas falecidos,
relacionados com ao região do Alto Tietê.
No
futuro Museu definitivo toda a administração e ações culturais serão mantidas
por um grupo gestor formado pela Organização da Pessoa Física, podendo manter
parcerias com as prefeituras das cidades da região do Alto Tietê, do Estado de
São Paulo e de outros Estados da Federação.
Devemos
destacar que as obras permanentes do Acervo Sem Parede não poderão ser vendidas
ou passarem para o Acervo das Prefeituras da Região.
Se
por ventura, no futuro o museu se desfazer, cabe ao grupo gestor passar a guarda
das obras para outro museu, que esteja atuando de forma gratuita.
A
previsão para que o Acervo Sem Parede tenha um CNPJ será até o ano de 2015. A
precisão para que o espaço físico do Museu definitivo, ou provisório seja de 3
anos após a definição do CNPJ.
Após
a Conquista do CNPJ o Acervo Sem Parede passará a receber propostas de doações
de obras de Arte.
Atualmente
o Acervo Permanente Guarda obras de arte feitas por artistas como Nerival
Rodrigues, Carmela Pereira, Carlos Arena, Maurício Chaer, Lúcio Bitencourt,
Nico Pereira, Meire Lopes, Selma Ginez, Josinaldo, Verah Salgado, Luiz Oliveira
(L. Luzolli), Zeti Muniz, D. Celeste, Djair Alexandre, Kewedy Bahia, Marco
Aurélio de Almeida, Athaide e artistas Anônimos da região de Santo André e
Salvador na Bahia.