FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

terça-feira, 12 de março de 2013

A Arte Atrapalha, ou incomoda por que faz o povo pensar?

 

Ata da Reunião:

Local: CECAP (Centro Cultural Antonio Pinhal/ Colégio de Arquitetos)

Rua: Boa Vista, 108, Centro de Mogi das Cruzes/ SP

Data: 04 de Março de 2013

Período da Reunião: 19:00 às 22:00 Horas

Assinatura das Testemunhas:

 

Foi criado oficialmente o Acervo Sem Parede, com as assinaturas de testemunhas Enzo Ferrara, Frans Paulo Swettler, Adelaide L. Swettler, Nerival Rodrigues da Silva, Claudio Assis Leme, Paulo Donizeti Muniz de Queiroz,Luís Felício, Auro Malaquias dos Santos, Maria Lourdes da Silva, Lindaura M. Fuga, Alexandre José Mendes, Leis Folici e José Batista Oliveira. 

Falamos sobre o pedido para utilização do Espaço Cultural da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes para fazer a primeira exposição oficial do Acervo Sem Parede. O ofício foi protocolado na Câmara Municipal em 04 de Fevereiro de 2013, com o código CM 0131 04 Fev’13 16:56.O pedido foi indeferido:
 
A Resposta dada pela Cerimonial da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes:

“A Exposição vai atrapalhar as atividades da Câmara Municipal, pois Baners são Fixados nas paredes, e o espaço vai passar por reformas, sendo aberta uma porta para o estacionamento, extinguido assim o espaço cultural, ainda foi falado que o descritivo não estava completo, mesmo seguindo um anexo descritivo. O Cerimonial ainda se justificou dizendo que a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes não tem um departamento responsável por organizar exposições, mesmo tendo um espaço cultural, dizendo também que a Câmara não tem o interesse de promover exposições durante o período de um mês por considerar um tempo muito longo para utilizar o espaço, houve uma orientação de procurar outros espaços, dizendo que é obrigação da prefeitura municipal oferecer espaços e não da Câmara”

Resposta dos artistas: revolta pela resposta da Câmara Municipal de não receber bem a proposta de exposição, para dar acesso a cultura para população, e procurar realmente outros espaços para levar o Acervo Sem Parede, inclusive em outros municípios da região.

A Proposta é tentar promover numa das faculdades de Mogi das Cruzes.

 

Foi passado um breve descritivo histórico de como o Acervo Sem Parede foi criado e o plano Museológico, com linha do tempo, previsão para que ele tenha um CNPJ e busque um local físico para implantação de um futuro museu que atenda a demanda da Região do Alto Tietê.

 

Falamos do plano de trabalho e diálogo junto ao município de Guararema, onde o grupo de Artes Frontispício pretende levar exposições, por considerar o município com grande potencial de desenvolvimento na área da cultura, por ser uma cidade voltada para o turismo.

 

Comentamos sobre a conquista da criação do MAR (Museu de Arte do Rio), dizendo que é uma referencia e que deveria ser um exemplo para outras prefeituras do Brasil.

 

Informamos que Sete artistas do Grupo de Artes Frontispício vai promover a Exposição “ As Cores da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes” no MAP (Museu de Arte Popular de Diadema), e plano de trabalho de levar uma exposição comemorativa de 5 anos de aniversário de criação do grupo de artes Frontispício para a Região do ABCD.

 

Informamos sobre o resultado da Reunião com o atual Secretário de Cultura de Mogi das Cruzes, Mateus Sartori, falando que foi positivo, pois fomos muito bem recebidos e ouvidos por parte da Secretaria de Cultura e negativo no sentido de praticas culturais, pois novamente a secretaria disse não ter dinheiro para promover atividades.

 

Falamos sobre o conselho, se houver um representante por parte dos artistas plásticos, ele deve estar vinculado com uma organização civil, como Ong, Ponto de Cultura, Associação, e que o futuro conselheiro representativo das artes plásticas terá muitos desafios dentro do Conselho Municipal de Cultura, que é quase um trabalho voluntário, com muito por fazer.

 

Foi informado que o CECAP (Centro cultural Antônio Pinhal) vai promover ao longo do ano de 2013 exposições de duração de um Mês, coletivas e individuais. O artista Zeti Muniz fica responsável por organizar a agenda de exposições junto aos artistas. 

Foi tirada uma foto coletiva com os artista que participaram da reunião, para documentar o momento de Maturidade e Independência dos artistas plásticos de Mogi das Cruzes, diante ao desafios da área da cultura atual. Foi um momento histórico de criação do acervo e tomada de conhecimento do plano de trabalho para os próximos anos. 

Foi informado que o espaço vai receber reuniões todas as primeiras segundas de cada mês para debater o andamento das atividades culturais do Grupo de Artes Frontispício, da Cidade e na Região. 
Veja o plano museológico e um Breve Histórico.
 

Breve Histórico do Acervo Sem Parede

 

A Formação do Acervo Sem Parede tem início no ano de 2010 com a realização da II Expo Tieteìsmo em Suzano / SP, promovida pelo grupo de Arte Frontispício em parceria com a Secretaria de Cultura de Suzano. Na ocasião foram incorporadas ao Acervo particular do Artista Responsável pela guarda do Acervo, duas obras importantes: Uma Cerâmica feita pelo artista Wagner Zaramello e a escultura Tango de Lúcio Bitencourt, a partir de então o grupo passou a promover exposições em outras cidades da região do Alto Tietê, ABCD Paulista e interior do Estado de São Paulo. O Segundo momento importante da formação do Acervo foi a exposição “Cores de São Paulo”, promovida no Museu Histórico de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa, foi um momento muito importante de intercâmbio cultural entre as duas regiões da grande São Paulo, estreitando o relacionamento do acervo com importantes instituições daquela região como a Pinacoteca de São Bernardo do Campo e o MAP (Museu de Arte Popular de Diadema/SP). Estava claro que a região do Alto Tietê tinha uma deficiência na oferta de exposições, principalmente por não ter um espaço físico, um museu ou pinacoteca.

O terceiro momento importante para a criação do Acervo sem parede foi uma ação cultural, que deu acesso e incluiu a população de Mogi das Cruzes ao Acervo. Em agosto de 2012, aconteceu a primeira exposição em que foi utilizado o nome oficial de Acervo Sem Parede. Na ação cultural da Quadra de Basquete da Vila Industrial de Mogi das Cruzes.

Paralelamente o grupo de Arte Frontispício já realizava reuniões de organização com o objetivo criação de um Museu ou Pinacoteca em Mogi das Cruzes. As reuniões aconteceram entre 2011 e 2012 no CECAP (Centro Cultural Antônio Pinhal) em Mogi das Cruzes.

Na data de 21 de outubro de 2012, o CECAP recebeu uma reunião oficial do SISEM/SP (Sistema Estadual de Museus do Estado de São Pulo), a reunião contou com a participação de representantes das cidades de Santo André e ABCD Paulista, Mogi das Cruzes, Poá, Guarulhos, Suzano, Guararema e Biritiba Mirim e importantes representantes de organizações sociais voltadas para área da Cultura e Desenvolvimento como a empresa Gaia Brasil (elaboração de Projetos para a área da cultura) e ADRAT (Agência de Desenvolvimento Regional do Alto Tietê).

 

Plano Museológico:

 

Após a realização da Reunião com o SISEM/SP começa a ser elaborado o Plano Museológico para a criação oficial do Acervo Sem Parede, como a catalogação das peças do Acervo, registro, pesquisa dos artistas produtores das obras, incorporação definitiva de obras dos artistas que enviaram propostas de doação, criação de contatos como email e perfil no Facebook e o logotipo oficial do acervo, a caneca com pincéis.

Atualmente para ter acesso ao Acervo Sem Parede só é possível de forma permanente através do Perfil no Facebook, onde contém um breve histórico e fotos das principais obras permanentes do acervo. As obras permanentes do Acervo Sem Parede são mantidas no Município de Mogi das Cruzes na Casa Ateliê de Enzo Ferrara, periodicamente as obras participam de exposições itinerantes por outras cidades do Estado de São Paulo.

No dia 04 de março de 2013, será oficializada a Criação do Acervo Sem Parede, quais são as obras permanentes do acervo, qual será o objetivo e a linha de trabalho para o futuro.

Podemos já adiantar que o Acervo Sem Parede valoriza a diversidade cultural do povo Brasileiro através das artes visuais, objetos históricos, livros, brinquedos populares, artesanato tradicional, documentos, fotos e muitas outras curiosidades. O destaque do acervo permanente são as obras de arte visual como Esculturas, Pinturas e fotografias, na qual valorizam o perfil de arte popular e de artistas da região de Mogi das Cruzes, que por ser a maior em território da Região do Alto Tietê, tem mais artistas e uma histórica relacionada com a produção de artes visuais do país mais antiga.

A segunda etapa do plano Museológico é promover uma exposição variada com as obras do acervo permanente, para receber uma visita de avaliação técnica do SISEM/SP, que dará um aval sobre a importância do valor artístico cultural das obras do acervo, isso será possível após a abertura oficial em cartório, quando o Acervo Sem Parede tiver vinculo com CNPJ, e se transformar em Pessoa Jurídica, através de ONG, Associação ou Fundação.

A terceira etapa do plano Museológico, acontece após o aval do SISEM/SP, que dando apoio, ao lado do MAP de Diadema/SP, Pinacoteca de São Bernardo do Campo e MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil) do Rio de Janeiro/RJ, vão contribuir para a criação da Fundação mantenedora do Acervo Sem Parede.

A quarta etapa do plano Museológico é a criação física do Museu numa das cidades da região do Alto Tietê, não necessariamente na cidade de Mogi das Cruzes. Nessa etapa o Acervo Sem Parede muda de nome para Museu seguido do Nome de um artista falecido que tenha morado na cidade Cede do Museu definitivo, ou de algo relacionado com a cidade onde ele está. Na distribuição interna do Acervo serão selecionadas as obras mais representativas, distribuídas por salas de Arte Acadêmica, Arte Naïf, Arte Contemporânea, obras Tridimensionais, fotografia, arquivo áudio visual, biblioteca de arte e arquivo de arte, acervo técnico e administração e loja de artigos, que vão gerar fundos para manter o funcionamento do Museu definitivo. Seguindo o exemplo do Centro Cultural São Paulo todas as salas e departamentos vão receber nomes de artistas falecidos, relacionados com ao região do Alto Tietê.

No futuro Museu definitivo toda a administração e ações culturais serão mantidas por um grupo gestor formado pela Organização da Pessoa Física, podendo manter parcerias com as prefeituras das cidades da região do Alto Tietê, do Estado de São Paulo e de outros Estados da Federação.

Devemos destacar que as obras permanentes do Acervo Sem Parede não poderão ser vendidas ou passarem para o Acervo das Prefeituras da Região.

Se por ventura, no futuro o museu se desfazer, cabe ao grupo gestor passar a guarda das obras para outro museu, que esteja atuando de forma gratuita.

A previsão para que o Acervo Sem Parede tenha um CNPJ será até o ano de 2015. A precisão para que o espaço físico do Museu definitivo, ou provisório seja de 3 anos após a definição do CNPJ.

Após a Conquista do CNPJ o Acervo Sem Parede passará a receber propostas de doações de obras de Arte.

Atualmente o Acervo Permanente Guarda obras de arte feitas por artistas como Nerival Rodrigues, Carmela Pereira, Carlos Arena, Maurício Chaer, Lúcio Bitencourt, Nico Pereira, Meire Lopes, Selma Ginez, Josinaldo, Verah Salgado, Luiz Oliveira (L. Luzolli), Zeti Muniz, D. Celeste, Djair Alexandre, Kewedy Bahia, Marco Aurélio de Almeida, Athaide e artistas Anônimos da região de Santo André e Salvador na Bahia.