FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Pró-Hiper,Expo-Mogi e os artistas


(texto-jornalista Katia Brito)
As atrações culturais são o grande destaque da sétima edição da Expo Mogi, que começa hoje em comemoração aos 456 anos de Mogi das Cruzes. Além dos shows com importantes nomes do cenário musical nacional, o público vai conferir a tradicional feira de artes e artesanato. Entre os artistas plásticos participantes, os talentos do grupo Frontispício das Artes, como Zéti Muniz, Adelaide Lawitschka Swettler, Linda Fuga, José Augusto, Doralice Ramos, entre outros.
"Nós levaremos também alunos que estão se sobressaindo e, a partir de sexta-feira, vamos fazer pinturas ao vivo para mostrar nosso trabalho", destaca Muniz, que preside o grupo artístico. O evento segue até domingo, com abertura às 10 horas, no espaço do Pró-Hiper, localizado na avenida Prefeito Carlos Ferreira Lopes, 540, Mogilar. Veja mais detalhes sobre a feira na reportagem da página 8 desta edição, no caderno Cidades. 
Além das artes plásticas, a Expo Mogi também abrirá espaço para a literatura, por meio da Livraria Boigy, que vem se destacando como um importante espaço de cultura, no centro da cidade. O local recebe o lançamento de livros, bate-papos com autores, exposições de arte, entre outros eventos. Durante os quatro dias da Expo Mogi, será realizada uma feira de livros com a participação de alguns escritores. De acordo com Muniz, os nomes ainda não foram definidos, pois alguns participam da Bienal do Livro (www.bienaldo livrosp.com.br), que também acontece até domingo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
Ainda este mês, os representantes das artes plásticas na cidade terão uma reivindicação antiga atendida: a inauguração da Pinacoteca, na sede da Secretaria Municipal de Cultura, prevista para o dia 24 de setembro. "É uma grande conquista, algo de muito peso e valor para nós artistas. Nós cobramos desde o início, com a saída da biblioteca do local, e queríamos que fosse instalada no marco zero da cidade. Temos o Centro Cultural com a galeria no espaço térreo, mas precisamos de mais. Acredito que será um desafio para o próximo prefeito de Mogi a organização do acervo e a abertura do espaço para exposições constantes", avalia Muniz.












A arte também expressa contextos sociais. Zeti Muniz, 61, um dos fundadores do grupo O Frontispício, levou um quadro em que retrata uma mulher negra com roupas coloridas com um sentido bem claro. “É para mostrar que os negros são livres, não devem viver sob pressão de ninguém, portanto podem se vestir e se comportar como quiserem na sociedade. A arte abre muitas portas e comunica entre si. Um momento como este, pelo qual o Brasil passa, há muitas oportunidades de produzir algo que reflita a nossa realidade e nos leve a pensar os rumos que estamos seguindo. Mais do que a realidade, a arte também avalia as possibilidades”, analisou.
(texto:jornalista Lucas Meloni.)