Quer uma excelente dica cultural para este final de semana? Vá ao Museu da Língua Portuguesa e confira a exposição .Você terá a oportunidade de conhecer, ou reconhecer, toda a multiplicidade da obra do poeta português, que se revelam nos versos assinados por seus heterônimos - personagens-poetas com identidade própria - e por Pessoa, "Ele-mesmo". Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico assinado por Helio Eichbauer, a exposição conduz o visitante a uma viagem sensorial pelo universo do poeta, fazendo-o ler, ver, sentir e ouvir a materialidade de suas palavras. Essa é a primeira vez que o Museu da Língua Portuguesa abriga uma exposição sobre um autor português. Depois de homenagear grandes nomes da literatura brasileira, como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Machado de Assis, o Museu apresenta a vida-obra ou obra-vida do poeta, autor do verso "Viver não é necessário; o que é necessário é criar", por meio de textos, imagens e vídeos. O visitante terá a chance de ver algumas raridades, como a primeira edição do livro Mensagem, único publicado por ele em vida, e os dois números da revista Orpheu, um marco do modernismo em Portugal. Para Carlos Felipe Moisés, um dos curadores, não é necessário conhecer previamente a obra do poeta para visitar a exposição. "Nosso propósito básico é levar Fernando Pessoa à vida do cidadão que não o conhece, e que, portanto, encontrará uma linguagem acessível, e àqueles que já estão familiarizados com seus versos, que terão a chance de descobrir aspectos e conceitos novos". Moisés acredita que basta conviver com a obra de Pessoa para entendê-la. O curador afirma que isso deve ser feito em etapas para melhor assimilá-la. "Nossa intenção é provocar o público, fazer com que as pessoas fiquem intrigadas, inquietas e voltem para perceber a exposição de outras formas". Durante o percurso da exposição Fernando Pessoa, plural como o universo, o visitante entrará em contato com os versos de Alberto Caeiro, o "poeta da natureza"; Ricardo Reis, médico e discípulo de Caeiro; Álvaro de Campos, um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa; Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego; e de Pessoa, "Ele-mesmo", considerado pelo próprio um ortônimo, em tom de ironia. Estarão expostos também poemas de heterônimos menos conhecidos e de algumas de suas personalidades literárias, como o Barão de Teive, o prosador suicida. A exposição Fernando Pessoa, plural como o universo ficará em cartaz até o dia 30 de janeiro de 2011. Serviço Exposição Fernando Pessoa, plural como o universo Até 30 de janeiro de 2011 Museu da Língua Portuguesa Praça da Luz, s/nº, Centro Telefone: (11) 3326-0775 www.museudalinguaportuguesa.org.br Ingresso: R$ 6,00 (pagamento somente em dinheiro) O museu funciona de terça a domingo, das 10 às 18 horas. A bilheteria fica aberta de terça a domingo, das 10 às 17 horas. Nas últimas terças-feiras de cada mês, o museu permanece aberto até 22 horas (a bilheteria fecha sempre uma hora antes). Estudantes com carteira de estudante do ano e documento de identidade pagam meia-entrada. Crianças com até 10 anos e idosos a partir de 60 anos não pagam ingresso, bem como professores da rede pública |
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