sábado, 21 de maio de 2011
INCOERÊNCIA
E quando a arte é caso de polícia? Se a expressão artística é livre nos regimes democráticos, uma modalidade de manifestação estética pela pintura ainda enfrenta o preconceito social. O graffiti provoca a reflexão e também a indignação de alguns quando confundem esta modalidade de arte com pichação. O diálogo entre graffiteiros e policiais nem sempre é amistoso. E ambos têm lá suas razões. Se o artista tem o direito à livre expressão, os locais escolhidos para imprimir sua arte são, via de regra, muros de construções privadas. Na maioria das vezes são terrenos abandonados e passíveis de intervenção. Mas em qualquer situação, a primeira expressão de quem vê é de revolta. É a arte sob os olhares vigilantes da sociedade. E é esse o propósito do artista de rua.
Graffiteiros elegem muros "abandonados" da cidade para registrar mensagens de cunho social e que levem à reflexão. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press. "Ainda acontece o preconceito. Muito mais por que falta conhecimento para definir o que é arte de maneira coesa". A opinião é do artista de rua Pedro Ivo. "A pichação e o graffiti se confundem porque nenhum é permitido em vias públicas, quando deveria". Para Pedro, o trabalho dos jovens artistas de Natal exposto em viadutos transformaria os paredões da cidade em grandes murais, vistos e comentados pelos diferentes segmentos sociais. "Já tentaram pintar o viaduto do quarto centenário, mas foram pegos pela Policia Rodoviária Federal e hoje ainda cumprem pena alternativa. É uma prova de que o grafitti ainda é rejeitado e mantém seu lado transgressor", opina.
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