A Prefeitura de Mogi das Cruzes vai apoiar a criação de um espaço cultural no prédio da Telefônica, localizado ao lado da praça Coronel Benedito Almeida, no centro. O primeiro contato com a empresa de telefonia já foi feito pelo prefeito Marco Bertaiolli (PSD). Ele foi informado que se trata de um imóvel que pertence ao Governo Federal, mas a companhia tem uma permissão de uso. O representante da Telefônica se comprometeu a levantar os dados necessários e encaminhá-los a administração municipal.
A informação de que o chefe do Executivo está se mobilizando para ajudar o projeto idealizado por um grupo de artistas mogianos foi repassada pelo secretário municipal de Cultura, José Luiz Freire de Almeida, durante reunião na tarde de ontem com integrantes do movimento que busca a transformação do prédio. "A administração municipal sempre apoiou esta ideia", afirmou Almeida. "Nosso recursos são escassos, mas a iniciativa de se criar um equipamento cultural como o proposto é muito importante", avaliou.
Ele frisou que a Prefeitura é apenas gestora e quem precisa apresentar o projeto é a sociedade civil. "É fundamental antes de tudo articular os artistas. Pedi para que o historiador Mário Sérgio de Moraes para que ele defina o projeto idealizado para o imóvel e venha até à secretaria para conversamos sobre como a Prefeitura poderá ajudar nesta empreitada", afirmou Almeida.
O resultado da reunião foi considerado positivo pelo professor Mário Sergio. "Este diálogo com o Poder Público é essencial. A criação de um museu ao lado da Praça Coronel Almeida vai auxiliar no desenvolvimento do setor turístico da cidade. A própria empresa pode ganhar com isso", analisou o historiador.
O artista plástico Nerival Rodrigues afirmou que o próximo passo será conversar com os artistas a fim de desenvolver o projeto. "Vamos conversar e definir se o objetivo é um museu de arte, de cultura, um local que terá peças históricas ou até mesmo os três elementos", salientou.
A reunião na tarde de ontem contou com a presença de um integrante do Conselho Federal de Museologia, Diná Jobst, que se colocou à disposição para ajudar na elaboração do conceito que o futuro centro cultural poderá ter.
Um dos personagens mais importantes deste movimento, o arquiteto Paulo Pinhal, disse ter ficado surpreso com o resultado da reunião - ele não estava presente.
"Excelente notícia para o movimento, porque a Prefeitura vem a somar e dá um peso que até o momento nós não tínhamos", afirmou.
Ele adiantou que em reunião no começo da noite de ontem, a Associação Pró-Museu iria ser formalizada.
"Para se criar um espaço como o almejado, precisamos definir uma série de questões, entre elas: de onde sairá os recursos para a reforma do prédio e como será o esquema de segurança do local. Estes estudos com certeza serão feitos pela associação", informou Pinhal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário