FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Zeti Muniz e a sua preocupação em disseminar a cultura e a sensibilidade

 Engajado, o artista trabalha em prol das causas culturais, ele é um dos que estão na luta por um museu em Mogi.
Artista plástico, contador de história, restaurador de peças antigas, teatrólogo e desenhista infantil. Essas são algumas das atividades desempenhadas pelo mentor do Grupo Frontispício Zeti Muniz. Envolvido com a arte desde a década de 60, descobriu a sua vocação de artista plástico por meio das freiras do Colégio Placidina, de Mogi das Cruzes, onde estudou. "Não fazia ideia do que era desenho e pintura. As irmãs traziam as tintas da Itália, já que elas não eram vendidas por aqui", conta. Foi nesse colégio que descobriu outra vocação: a de restaurador. "Desmontava e montava os quadros que as irmãs me davam", comenta. Vindo de uma família tradicional, que, até hoje, trabalha com transporte de mercadorias, Zeti já visitou, a trabalho, diversas cidades do País. Nessas viagens, ele aproveitava para expor a sua arte nos salões das igrejas que eram cedidos pelos padres. O sucesso era tão grande que as autoridades desses municípios compravam os seus quadros. Sempre preocupado em disseminar a cultura e a sensibilidade, que, segundo ele, está sendo substituída pela correria do dia a dia, em 2006, Zeti e um grupo de artistas decidiram restaurar o Beco do Sapo, em Mogi. "No local, conseguimos unir todos os segmentos artísticos, o que foi um pulo para o Frontispício", declara.Conhecido por suas ações, o Frontispício reúne mais de 70 envolvidos das cidades do Alto Tietê e também da capital. "Há artistas de São Paulo que se aproximam da gente porque não conseguem apoio dos grupos de onde moram", afirma. Desde a sua criação, os participantes desejam mostrar que a cultura é um bem comum a todos.
No momento, Zeti e os artistas da região lutam pela criação de um museu em Mogi das Cruzes. O local escolhido é o antigo prédio da Telefônica, ao lado da Igreja Matriz, na região central.De acordo com o artista plástico, quando o sonho se transformar em realidade, o local reunirá todas as manifestações artísticas. "Espero que a construção do museu ocorra em 2012. A nossa preocupação é de preservar e resgatar a memória", conta.Para o ano que vem, Zeti tem projetos em mente. Ele pretende apresentar um teatro de sombras, feito com os monitores antigos de computador, no aniversário da Biblioteca Municipal de Mogi. Além disso, haverá novidades no Frontispício.


Gabriela Pasquale Da reportagem local(Jornal Mogi News) e Erick Paiatto: (foto)