Artistas preparam homenagem a Barros
Renato de Almeida
Profissionais das artes plásticas de Mogi das Cruzes preparam atividades e eventos para homenagear o artista Miguel Barros, mais conhecido com Barros, o Mulato, que morreu na última segunda-feira, aos 97 anos. Reservar um espaço especialmente dedicado a ele na 4ª Bienal das Artes do Alto Tietê, dar seu nome a um salão de artes na Cidade e a publicação de um livro seriam algumas das ações para lembrar este gaúcho de sucesso internacional que, no final dos anos 50 comprou um terreno em Mogi e, na década seguinte, passou a viver e trabalhar na Cidade.
De acordo com o artista plástico Nerival Rodrigues, a 4ª Bienal será realizada ainda este ano, entre os meses de outubro e novembro, provavelmente em Suzano. Durante o evento, cujos gestores são ele e Cida Ruiz, parte do local seria ocupado pelas obras de Barros. Para resgatar os trabalhos do artista, os organizadores deverão fazer um intenso trabalho de busca, entrando em contato com donos de coleções particulares que tenham adquirido as pinturas.
Outro ideia que visa valorizar a memória do Mulato é a produção de um livro. Segundo Rodrigues e o também artista José Antonio de Moraes, o JAM, a publicação teria a função de catalogar os diversos artistas plásticos da Cidade. Porém, o grande destaque seria dado a Barros. "Ele seria o patrono do livro, pois é realmente o patrono da arte mogiana. Teríamos textos em sua homenagem e uma de suas obras estampando a capa", explica JAM. "Para colocar a ideia em prática teremos de realizar a captação de recursos, por meio da iniciativa privada ou da Lei Rouanet", pondera Rodrigues.
A terceira forma de homenagem, como afirma JAM, seria a criação de um salão de artes, dentro do Centro de Cidadania e Arte (Ciarte), que ganharia o nome de Barros, o Mulato. Ele conta que este trabalho tem sido encaminhado pela Secretaria Municipal de Cultura, Conselho Municipal de Cultura, além do grupo de artistas Frontispício.
"Barros será, para sempre, um símbolo do homem que lutou para viver como artista. É uma coisa muito difícil e, por isso, ele foi um herói", avalia JAM.
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