FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011




projeto Arquiteto elaborou perspectiva de como ficará o Espaço das Artes, na região central da Cidade
Além de transformar o prédio da Telefônica, no Centro, no Museu de Artes de Mogi (MAM), artistas e defensores da ideia projetaram para a Rua Padre João - no trecho em frente ao imóvel - o Espaço das Artes. A nova proposta também já está ganhando força nas redes sociais.
Assim como o MAM, o projeto começou a ser divulgado no Facebook e logo caiu no gosto dos internautas mogianos. No perfil do Centro Cultural Antonio do Pinhal (Cecap), entidade presidida pelo arquiteto Paulo Pinhal, um dos idealizadores do museu e do novo espaço, é possível conferir a perspectiva que o local irá ganhar caso a ideia saia do papel.Na projeção, o espaço onde hoje funciona um estacionamento público ganha característica de praça, mas com diversos painéis instalados, onde devem ficar as peças para exposição. A área, que atualmente faz a ligação entre as ruas Doutor Paulo Frontin e Professor Flaviano de Mello, além de receber as atividades culturais provenientes do MAM, também poderá ser integrada aos trabalhos desenvolvidos na Catedral de Santana, como as festas do Divino e de Santana.
Os artistas se cadastrariam para poder ter direito à retirada de um painel de alumínio com policarbonato, que servirá de suporte para a exposição dos trabalhos, além de cubos de madeiras que sustentarão as esculturas.Em horário preestabelecido, o artista usa os equipamentos e, no final do dia, faz a devolução para o Museu, deixando a área totalmente livre para outras atividades públicas, que também deve contar com alguns blocos de concreto servindo como bancos.O projeto apresentado no Facebook inclui, ainda, uma passagem para os automóveis, mas como explica Paulo Pinhal, "naquela travessia, o pedestre sempre terá prioridade". Um ponto mais ousado da proposta visa estender o calçadão da Paulo Frontin até o cruzamento com a Rua Capitão Manoel Caetano, na lateral da Catedral, integrando o calçadão, a praça do MAM, a Praça Coronel Almeida e a própria área externa da Catedral.
"Este espaço, em frente ao MAM, ainda vai resolver o problema de acessibilidade da Coronel Almeida. Nas atividades da Festa do Divino, o público acaba não se integrando ao espaço, que tem um banco de ônibus, o canteiro, o degrau... é um local confuso", analisa.Para ele, o mais importante é que o Espaço das Artes irá se integrar às atividades do Museu. "Quero ressaltar que o MAM nasceu da ideia do público. Realizamos diversas reuniões para formalizar a proposta e parte do grupo que tem lutado pelo museu entendeu que ele poderia acabar se tornando elitista, até pelo ambiente fechado do prédio, que inibiria algumas pessoas de entrarem lá. Isso é ótimo, porque se trata também de inclusão social, já que a arte estará exposta na rua, bem em frente ao museu", ressalta Pinhal.O artista plástico João Ruiz ressalta que um espaço conforme o que está sendo planejado é uma cobrança antiga da comunidade artística da Cidade. "Já passou da hora de termos algo assim aqui em Mogi, ainda mais na região central, que tem bastante movimento e irá beneficiar tanto o artista quanto o público", ressalta.O também artista plástico Enzo Ferrara diz que já houve espaços disponíveis na Cidade para exposição, mas que não eram adequados e, ainda por cima, já foram extintos. "Ali, na rua, poderia até mesmo haver exposições de um acervo da Prefeitura que está inacessível justamente pela falta de um lugar para ser exposto", completa.

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