Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio da Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente, apresenta oficialmente no próximo dia 29, o plano de manejo do Parque Natural Municipal Francisco Afonso de Mello - Chiquinho Veríssimo. Elaborado pelo Instituto Ecofuturo, ONG vinculada à empresa Suzano Papel e Celulose, o documento apontará as diretrizes para a utilização do espaço da reserva ambiental, destacando, por exemplo, a organização das visitas por parte do público, reformas e adequações necessárias ao espaço físico, capacitação de funcionários, incentivo ao desenvolvimento e gerenciamento de pesquisas cientificas. O material está em fase de conclusão, tendo sido realizada na tarde de ontem a sexta e última Oficina de Planejamento Participativo do Plano de Manejo, no auditório da Câmara Municipal.
"Tão logo o Plano de Manejo seja oficializado, serão oferecidas todas as diretrizes para que a Prefeitura possa se preparar para atender à demanda de público que o Parque vai receber", explicou o gerente de Meio Ambiente do Instituto Ecofuturo, Paulo Groke. Ainda não foi divulgado o número de pessoas que o local poderá receber. Contudo, segundo Groke, o volume inicial de visitantes será pequeno.
Ele destaca que a Prefeitura, que será gestora do Parque, poderá constatar e medir quais aspectos são causados pelo público. Desta forma, será definido o número permitido de visitantes, podendo ser tanto ampliado quanto diminuído, conforme a situação observada. O gerente ressaltou ainda a importância dos passeios monitorados. "Isso garante um impacto muito menor ao local e, com um conjunto de informações disponíveis, é possível fazer uma visita disciplinada".
Groke antecipou também que deverão ser feitas mudanças necessárias no espaço existente, como, por exemplo, a melhoria das trilhas. "A execução de tais mudanças dependerá das possibilidades orçamentárias, mas sabemos que estão chegando recursos à Prefeitura referentes à compensações ambientais", avaliou.
A secretária municipal de Verde e Meio Ambiente, Maria Inês Soares Costa Neves, reforçou que as melhorias já estão garantidas, em razão de duas verbas de compensação ambiental que foram liberadas.
Uma delas, no valor de R$ 300 mil, vem da Petrobrás, e a outra, de R$ 186.740,90, foi concedida pela Furnas Centrais Elétricas. O total destes recursos será investido em melhorias estruturais no Parque Municipal, como a construção de uma praça de alimentação, um laboratório de anatomia e morfologia vegetal, um laboratório de biologia geral, dois auditórios com capacidade para 30 pessoas cada e um museu da água.
O Plano de Manejo utilizado até então é datado de 1995 e sua revisão era uma necessidade antiga A intenção é instalar mais atrativos para o público ao local, mantendo o foco na educação ambiental, que é vocação do Parque.
Para a revisão do Plano de Manejo, executada pelo Instituto Ecofuturo, foram investidos R$ 318 mil, obtidos de uma compensação ambiental da Central Energética Vale do Sapucaí (Cevasa). Atualmente, o Parque Natural Municipal já realiza visitas agendadas, recebendo, no máximo, 120 pessoas por dia.
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