Mário Sérgio De Moraes
Quando o prefeito Marco Bertaiolli indicou o artista Mateus Sartori como futuro Secretário de Cultura imaginei a seguinte cena: o prefeito, em um jogo de basquete, saltando com a bola, antes da linha de três metros, e arremessando... Suspense! Ouvi: chuaaa... Cesta de três pontos. Parabéns! Agora, é partir para a galera comemorando o feito. Legal!
Muitas vezes nesta coluna elogiei o artista Mateus. Primoroso. Repertório musical muito bem escolhido - nada demagógico - acompanhado de diversos músicos que entendem do ofício. Mas, antes de tudo, sua voz ressoa como um recital: precisa, em um tom adequado e com uma interpretação original. Algo confessional, próxima, a uma modulada declaração de amor pela canção. Nada estridente e aeróbico como os ditos cantores de agora.
Este seu gosto refinado desdobra-se em um bom produtor cultural. Muitos sabem do seu empreendedorismo na criação da "Quarta Feira Nobre", realizada no Mogi Shoppping. Sempre indicando um mesmo perfil de exposição: artistas jovens, talentosos, uma mistura de música popular com a clássica. Como Tom Jobim aconselhava a outros: sejam ´eruditizinhos´. Sem dúvida, Mateus já fazia um trabalho pedagógico em favor da nossa cultura.
Agora, com os pontos consignados pelo prefeito, o seu desafio maior é o de criar uma política cultural na Secretaria de Cultura. Torço por ele. Por uma evidência muito simples (não é simplista): está preparado para dar um impulso a este setor. Como? Creio que terá, tendo cautela, o apoio do setor artístico. Entende e quer ser propositivo nos percalços que estes produtores têm sofrido ao longo do tempo. Também entende que a arte não pode ser entendida como enfeite de bolo (aliás, nos seus CDs isto jamais aconteceu!) para a "diversão" de muitos ´babantes´. Ao contrário: Cultura é, principalmente, um trabalho de conscientização estética em prol da cidadania participativa.
Finalmente, creio que terá a seu dispor verbas e competência para conseguir recursos do governo federal e estadual. Então, a partir de janeiro, mãos à obra. Finalmente, uma dica ao futuro secretário. Caminhe sempre no sentido propositivo, longe de discursos fechados, encastelados, receosos de ouvir a todos.
É bom pensar em uma frase linda de Carlyle: "A grande lei da Cultura é esta: deixar que cada um se torne tudo o que foi criado, capaz de ser".
Muitas vezes nesta coluna elogiei o artista Mateus. Primoroso. Repertório musical muito bem escolhido - nada demagógico - acompanhado de diversos músicos que entendem do ofício. Mas, antes de tudo, sua voz ressoa como um recital: precisa, em um tom adequado e com uma interpretação original. Algo confessional, próxima, a uma modulada declaração de amor pela canção. Nada estridente e aeróbico como os ditos cantores de agora.
Este seu gosto refinado desdobra-se em um bom produtor cultural. Muitos sabem do seu empreendedorismo na criação da "Quarta Feira Nobre", realizada no Mogi Shoppping. Sempre indicando um mesmo perfil de exposição: artistas jovens, talentosos, uma mistura de música popular com a clássica. Como Tom Jobim aconselhava a outros: sejam ´eruditizinhos´. Sem dúvida, Mateus já fazia um trabalho pedagógico em favor da nossa cultura.
Agora, com os pontos consignados pelo prefeito, o seu desafio maior é o de criar uma política cultural na Secretaria de Cultura. Torço por ele. Por uma evidência muito simples (não é simplista): está preparado para dar um impulso a este setor. Como? Creio que terá, tendo cautela, o apoio do setor artístico. Entende e quer ser propositivo nos percalços que estes produtores têm sofrido ao longo do tempo. Também entende que a arte não pode ser entendida como enfeite de bolo (aliás, nos seus CDs isto jamais aconteceu!) para a "diversão" de muitos ´babantes´. Ao contrário: Cultura é, principalmente, um trabalho de conscientização estética em prol da cidadania participativa.
Finalmente, creio que terá a seu dispor verbas e competência para conseguir recursos do governo federal e estadual. Então, a partir de janeiro, mãos à obra. Finalmente, uma dica ao futuro secretário. Caminhe sempre no sentido propositivo, longe de discursos fechados, encastelados, receosos de ouvir a todos.
É bom pensar em uma frase linda de Carlyle: "A grande lei da Cultura é esta: deixar que cada um se torne tudo o que foi criado, capaz de ser".