FRONTISPÍCIO DAS ARTES

A arte começa onde a imitação acaba. Oscar Wilde

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

MADRINHA DO GRUPO FRONTISPÍCIO

Em 28 de Novembro de 2008 em uma das nossas conversas no atelie do Zeti, já com grupo de artistas da região fora escolhido o nome sugerido pelo escritor Auro Malaquias e depois de aprovado pelos artistas para o novo grupo, agora com nome FRONTISPÍCIO,o convite para Wilma Ramos,era inevitável pois ela sempre estava conosco ,sua resposta até os dias de hoje é lembrada,suas palavras foram:"Eu não posso sair da minha atual,pois estamos juntas um bom tempo, mas quero ser a madrinha deste grupo."
(Após seu falecimento seu grupo composto de mulheres fora desfeito)

» Publicada em 28|04|09 no Jornal MOGINEWS
Morre artista plástica Wilma Ramos, aos 68 anos de idade.
Reconhecida internacionalmente por seus belos quadros, a artista mogiana estava em coma desde março, em decorrência de problemas cardíacos
ADEUS:
Wilma costumava expor suas obras na Festa do Divino
Foi sepultado ontem, no Cemitério São Salvador, na Vila Oliveira, o corpo da artista plástica mogiana
Wilma Ramos. Internada desde março no Hospital
Beneficência Portuguesa, em São Paulo, a artista morreu por volta das 22 horas do último domingo, aos 68 anos, em decorrência de problemas cardíacos.Com a saúde debilitada, Wilma deu entrada no hospital para fazer um cateterismo e acabou sendo submetida às pressas a uma cirurgia de ponte de safena. Apesar do estado delicado, a artista parecia se recuperar bem e apenas um dia após o processo cirúrgico já deixava a Unidade de Terapia Intensiva. No quarto, porém, ela sofreu um infarto e entrou em estado de coma irreversível.Um dos principais nomes do naïf brasileiro, Wilma Ramos ficou conhecida internacionalmente por seus quadros que retratam o folclore brasileiro e as festividades regionais. A primeira exposição aconteceu em 1967, no Salão de Arte Contemporânea de Campinas. A partir dos anos 70, expôs em Madri, Palma de Mallorca e Puerto de Pollensa, na Espanha. Entre 1968 e 1984, foi premiada em diversos salões de arte realizados no Estado de São Paulo, além de participar de mostras coletivas em vários países. Apesar do prestígio internacional, a artista permanecia morando em Mogi, com a mãe e dois irmãos, onde ficou conhecida por integrar o Grupo Feminino de Artes Plásticas de Mogi das Cruzes, que há 25 anos realiza ininterruptamente o "Salão da Primavera". Formado por Ilda Veri Lopes, Ana MarB, Olga Nóbrega, Wanda Barbieri e Wilma, o grupo era caracterizado pela união e amizade das cinco artistas.Durante toda sua carreira, Wilma mostrou por meio de telas toda sua devoção ao Divino Espírito Santo. Com desenhos de traços simples, a artista fez inúmeras exposições voltadas para a temática católica. Foi na Festa do Divino Espírito Santo de Brás Cubas do ano passado, inclusive, que ela expôs pela última vez.

terça-feira, 27 de novembro de 2012


Óleo sobre tela
Adelaide Lawitschka e alunos expõem no Ciarte
A artista plástica Adelaide Lawitschka Swettler e alunos do seu ateliê expõem 25 pinturas a óleo na mostra "Viva a Natureza", no Ciarte, que está localizada na rua Dr. Ricardo Vilela, 69, no centro, em Mogi das Cruzes, até o dia 7 de dezembro. Parte dos quadros está à venda ao público. O Ciarte fica aberto das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. A entrada é gratuita.

Artista plástica e professora Adelaide Swettler (direita) e alunos exibem suas telas; na mostra, vários expositores fazem a pintura / Foto Gustavo Rejani

“Viva a Natureza” é o título da exposição que pode ser conferida no Centro de Cidadania (Ciarte) até sexta-feira (7). No espaço aberto para visitação das 8 às 18 horas, a artista Adelaide L. Swettler, que também é professora, exibe seus trabalhos e de seus alunos. São 30 obras feitas em óleo sobre tela.

A grande maioria dos quadros é de autoria dos alunos enquanto Adelaide é responsável por quatro obras. Um dos trabalhos da professora, intitulado “Marina”, acaba de voltar de uma exposição nos Estados Unidos. Outra pintura de destaque é a tela “São Lourenço”, que foi contemplada com o segundo lugar do Salão Nacional Mogi das Cruzes de Artes.
Há 13 anos envolvida com a arte, Adelaide conta hoje com 20 alunos. Todos os quadros da mostra são inspirados em temas como paisagens naturais, flores e animais.
A artista conta que além de expor, ela e seus aprendizes transferiram o ateliê para o Ciarte. Por isso,  o público tem a chance de vê-los pintando ao vivo. “Poder fazer as telas aqui é mais gostoso, porque estamos em contato com o povo”, diz a professora.
Marcio Fernandes Dias é professor de desenho no ateliê de Adelaide e, desde 2007, está aprendendo com ela as técnicas do óleo sobre tela. Para ele, é muito importante que a população possa ver como os quadros são produzidos. “É legal dar a oportunidade de o público ver o processo da pintura. Muitas vezes as pessoas não sabem nem os materiais utilizados na confecção”, explica o professor.
Além disso, ele ressalta que poder expor ao lado de Adelaide é uma grande oportunidade. “Nós podemos mostrar nossas obras junto com as dela, como se também fôssemos artistas”, comenta ele.
Outra aluna da artista, Aparecida Varella, já está tendo aulas há oito anos e conta que durante esse tempo confeccionou diversos quadros. Ela fala que acha muito interessante o projeto de pintar ao vivo e que, apesar de no começo ficar um pouco tímida, já está se acostumando com o público.
Jandira Siqueira tem aulas com Adelaide desde 2010. Para ela, poder expor suas telas é a realização de um sonho. “Eu estou muito contente de poder mostrar minha obra, para mim isto é mostrar para todos o que está dentro de mim”, frisa Jandira.
O Ciarte está localizado na Rua Doutor Ricardo Vilela, 69, no Centro Histórico. A entrada é gratuita. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 4725-3341. (Larissa Rodrigues - Especial para o Diário)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

8º Festival de Cinema Italiano do Brasil


Imagens - Exposição Anos 90 (90’s) - Geração 90 O Que Foi mostrado/ O que não foi dito

Imagens de Enzo Ferrara












O jardim das Esculturas da Pinacoteca de São Bernardo do Campo SP

Imagens de Enzo Ferrara

























Exposição Anos 90 (90’s) - Geração 90




Exposição Anos 90 (90’s) - Geração 90
O Que Foi mostrado/ O que não foi dito
Exposição de Acervo da Pinacoteca de São Bernardo do Campo
Período de Visitação: de 24/11/2012 à 03/01/2013
Funcionamento: De Terça a Sábado, das 9h às 17h (Quinta até 20h30)
Endereço: Rua Kara, 105, Jardim do Mar, São Bernardo do Campo.
Referência: Próximo ao Vera Cruz e a Cidade da Criança.
Fone: (11)4125.4056/4125.2466
Email: pinacoteca@saobernardo.sp.gov.br

Imagens de Enzo Ferrara
Por Enzo Ferrara     

Estive recentemente na Pinacoteca de São Bernardo do Campo no dia 24 de novembro de 2012, para visitar a abertura da exposição dos anos 90 e tive a oportunidade de ver o que de melhor foi produzido na região do Grande ABC naquele período. A exposição foi bem planejada e montada, tanto que é possível, através da exposição, verificar o que mais de importante aconteceu na sociedade brasileira no período anterior, na década de 1990 e o que ela contribuiu para a produção e evolução das artes plásticas na década seguinte, a dos anos 2000 e até mesmo no contemporâneo. Questões como o pedido das diretas já, ocorrido na década anterior, resultando na primeira eleição direta para presidente do Brasil, já nos anos 90, o impacto do plano real na produção artística, o migrante oriundo das várias regiões do Brasil, levando sua cultura para os grandes centros urbanos e tentando manter um pouco da sua cultura de raiz através da arte e muitas outras questões.
A exposição é bem variada tanto no suporte como nas mais variadas técnicas, da pintura, colagem, fotografia, arte Naïf e obra tridimensional.
Claro que eu, como artista Naïf, gostei mais do que tem um dialogo com a minha produção, caso das obras de Climério Moraes, pelos temas de gostos populares, o colorido e a vivacidade das obras. Destaco também a obra Diretas já de 1984, pintada pela artista Mari Moraes, não por acaso, eu nasci em 1984, quando aconteciam as reuniões e movimentos populares pedindo as eleições diretas para presidente e para todos os cargos, algo conquistado apelas no final dos anos 90 e também porque eu estou produzindo uma tela com o mesmo título, mas com um tema bem diferente, onde eu retrato a ação das diretas já que ficou marcada como a mais popular, o Show em frente a Igreja da Sé, coração de São Paulo em 1984. Cada exposição que a gente visita, mesmo aqueles que não são artistas, encontramos algo que tem a ver com a nossa própria historia, ao qual nos identificamos, criando assim a tão fomosa identidade cultural e visual do povo brasileiro, que tanto falo, em todas as oportunidades.   
Estão participando da exposição, obras dos artistas Agda Carvalho, A. Cabrini, Antonio Cesar Scopel, Carmen Novo, Chirinéa, Climério Cordeiro, Dumas Ferri, Henrique Hammler, Jeferson Thomazelli, Luiz Gonzaga, Marbé, Marcio Fidelis, Maria Moraes, Orbedelli Gonzagto, V do Cachimbo e Ziel.  


Pinacoteca de São Bernardo do Campo



Imagens de Enzo Ferrara


Em 1975, um decreto criou a Pinacoteca de São Bernardo do Campo, institucionalizando o acervo que já vinha sendo reunido desde o final da década de 1960. Em 1980, o mesmo foi instalado em sua primeira sede, o Centro Cultural do bairro Assunção, e ampliado com uma nova série de obras de vários grandes artistas brasileiros. De lá para cá, o acervo continuou sendo ampliado, principalmente por meio de doações e aquisições de obras premiadas nas edições do Salão de Arte de São Bernardo do Campo (promovida pela ASBA/ Associação Sambernardense de Belas Artes), Salão de Arte Contemporânea e do Salão de Arte do grande ABC.
Destacamos nele, pela sua importância e representatividade, a coleção de arte popular e a coleção de arte do Grande ABC. Com a criação, em 1990, do Núcleo Henfil de Ação Cultural, essas obras passaram a contribuir para um movimento de formação, difusão e estímulo à produção cultural que foi marcante no início da década. Esse acervo, que esteve precariamente guardado no Espaço Henfil de Cultura por vários anos, agora se encontra em sua nova sede, no edifício do antigo Fórum Municipal, reformado e adequado para instalar a Pinacoteca.
Em sua nova e definitiva sede, a Pinacoteca dispõe de dois amplos salões de exposições e reserva técnica do Acervo no andar superior e, no piso térreo, encontramos as dependências modernas e aconchegantes da Biblioteca de Arte, o Auditório, onde também funciona o Cineclub Fotogramas, o laboratório fotográfico e as salas de aula, onde são oferecidos cursos e oficinas.
No Lado de fora encontramos o Jardim das Esculturas, que é um conjunto de obras tridimensionais do acervo permanente e expostas ao público na área verde em torno do edifício da Pinacoteca. È formado por 16 esculturas criadas pelos artistas Antonio Vivancos, Arayr Ferrari, Caciporé Torres, Di Grado, Duílio Galli, Iracy Nitsche, Lúcio Bittencourt, Márcio Fidelis, Moraes, Orbedelli, Paula Urger, Ricardo Negraes, Silvio Ghiberti e Eugênio Prati.
Inaugurado recentemente a Pintura da fachada Lateral da Pinacoteca, incorporou ao seu acervo a três pintura de Grafitte.
Hoje a Pinacoteca de São Bernardo do Campo reúne em seu acervo 1.186 obras de 458 artistas, alguns deles sendo considerados os mais importantes da arte brasileira da atualidade.
Parabéns a cidade de São Bernardo do Campo, por ser a pioneira na Região do Grande ABCD a criar e manter um espaço dedicado a proteger, preservar e dar acesso ao rico universo das artes visuais do Brasil. 
Um exemplo a ser seguido por outros municípios.

Funcionamento: De Terça a Sábado, das 9h às 17h (Quinta até 20h30)
Endereço: Rua Kara, 105, Jardim do Mar, São Bernardo do Campo.
Referência: Próximo ao Vera Cruz e a Cidade da Criança.
Fone: (11)4125.4056/4125.2466
Email: pinacoteca@saobernardo.sp.gov.br

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Enzo Ferrara no MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf) do Rio de Janeiro

Foto de Enzo Ferrara
Dados da Obra:
Autor: Enzo Ferrara
Título: Tempo de Liberdade
Ano: 2010/2011
Técnica: Acrílica sobre tela, com resina
Dimensão: 50 x 70 cm
Obs: Tela com Moldura na Cor Azul Turquesa
O Azul da moldura tem um significado, o Azul é a cor universal da Liberdade.

É com enorme orgulho e satisfação que comunico que uma das minhas obras foi aceita para integrar o acervo do MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf) do Rio de Janeiro. Um marco na minha carreira e na minha vida. A Obra escolhida é a tela Tempo de Liberdade, o primeiro nu de homem negro da história da arte Naïf nacional.


A Obra em questão é o primeiro nu de homem negro da história da arte Naïf nacional, traz como pano de fundo a paisagem da Cidade do Rio de Janeiro, num ponto muito conhecido, principalmente por matérias de jornal, a Igreja da Penha com Parte do Complexo do Alemão e Penha. A pintura retrata o interior de uma sala, onde a janela se abre e podemos ver a comunidade num fim de tarde. O modelo repousa sobre um sofá de veludo vermelho, no chão podemos ver um tapete de Araiolos, na parede direita uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, do lado esquerdo a reprodução da Escultura o Brasileiro, e um conjunto de Baianas, inspirado na Obra de Djanira, tudo é calma e paz, um gato branco também dorme tranqüilo no guarda corpo da janela. A mensagem da obra é o tempo de liberdade, da comunidade livre da violência, onde agora o povo tem liberdade até mesmo para tirar a roupa dentro de casa e ficar de janela aberta depois de um dia quente de verão.
Pintei a obra assim que o Morro do Alemão foi ocupado pela Polícia e pelo Exercito, eu vivi até os meus 20 anos numa comunidade também violenta, que é o Morro da Vila Suíça em Santo André, sabia na pele o medo e a preocupação das pessoas que ali viviam, mas o resultado foi a pacificação da comunidade e hoje ela tem a liberdade de fato e rendeu ainda um quadro.
O Quadro já participou de várias mostras, com destaque para o Mapa Cultural Paulista, etapa municipal, e na Exposição Olhos Naïfs, comemorativa de 18 anos de carreira do autor.
A Obra é um presente a cidade do Rio de Janeiro, cidade que com freqüência eu retrato nas minhas obras, e nenhum local seria melhor do que o MIAN, principalmente para que ela fique acessível para todos.

Campanha - Para manter o MAP de Diadema de Portas Abertas - participe

Foto de Enzo Ferrara
Sobre cultura Afrobrasileira


O MAP (Museu de Arte Popular) de Diadema corre o risco de fechar as portas.
Com a troca de Prefeito, o convenio com a prefeitura pode não ser renovado, e a nova administração pode entender que o acervo do MAP, não tem o perfil do município.
Começa aqui uma mobilização para manter o MAP de Portas Abertas.
Encontramos no Acervo do MAP obras de Chico da Silva, Waldomiro de Deus, da Família Silva, de Artistas do Alto Tietê Como Nerival Rodrigues, Enzo Ferrara de Andrade e José Neves de artistas do Nordeste como Mestre Jerônimo.
A Arte Afrobrasileira faz parte do Acervo, que também promove ações culturais para dar acesso a outras culturas como a Indígena e a Cigana, com isso o MAP, não é apenas e só um museu da cidade de Diadema, mas um Patrimônio Cultural do Brasil.
Se Você concorda em Marter0 o MAP de Portas Abertas, envie um email para o endereço abaixo, ele fará parte de uma ação junto ao meios virtuais e a um abaixo assinado, fale e se manifeste sobre os motivos de manter um museu assim aberto, pois já temos tão poucos museus abertos e ainda mais um tão específico, como um museu voltado para a arte popular, que inclui os artistas e a população.

Endereço virtual: enzoferrara75@yahoo.com.br
Indicação do Email MAP (Museu de Arte Popular) de Diadema    
  

Exposição Os Silva - MAP (Museu de Arte Popular de Diadema) - Espaço Democrático

Foto de Enzo Ferrara
Texto de Enzo Ferrara


Exposição Os Silva

O Centro Cultural de Diadema, onde encontramos o MAP (Museu de Arte Popular ) é um espaço democrático, através de ações culturais, ele expões o que de melhor é produzido na cidade e na região do ABCD, promove intercambio com outras regiões. O Material produzido e exposto promove reflexão e gera opinião.
No Mês de Novembro, em que comemoramos no dia 20 o dia da consciência Negra, o MAP promove a exposição Os Silva, uma mostra da produção de artistas que são irmãos e que representam através de seu trabalho a arte popular, Naïf e a cultura Negra no Brasil.
João Candido Silva, E. Rosária Silva e Vicente de Paula são Irmãos da Tão Famosa artista Naïf Maria Auxiliadora Silva (1935-1974), uma referência da História da arte Naïf nacional. Talvez os irmãos não saibam, mas eles representam também uma pagina importante da história da arte naïf nacional.
A Produção e as informações de produção de arte naïf na Pintura, que muito comum ser passada de irmão para irmão, ou de pai para filho, num convívio familiar, algo que vemos na produção das cerâmicas figurativas do Alto do Moura, pelos herdeiros de Mestre Vitalino, pelos descendentes de Isabel Mendes da Cunha, em Santana do Araçuaí, Vale do Jequitinhonha,  e do pintor Waldomiro de Deus e Sua Mulher, podemos ver também na relação da família Silva com sua produção.
Os Temas vão de Plantação, vida no campo, trabalho na lavoura, a vida nas periferias, a favela, as cores afrobrasileiras, o futebol, temas religiosos como o São Jorge, folclore, a liberdade da escravidão, a miscigenação do povo brasileiro, as brincadeiras de infância. Destaque para a utilização da escrita na obra de Conceição silva e a escultura de João Candido Silva  
Quem quiser conferir a Exposição ainda dá tempo:

Visitação: de 02/11 a 24/11/2012 de Terça a Sexta
Horário: 10h às 19h
Aos Sábados, das 13h às 18h
Endereço: Rua Graciosa, 300, Centro de Diadema, SP
Referência: Ao Lado da Praça das Moça, próximo ao terminal de Diadema
Fone: (11)4051.5408

Homenagem:
Maria Auxiliadora Silva (1935-1974)

Tenho uma enorme admiração pela artista e pela obra de Maria Auxiliadora, quando olho para trás é ela quem eu vejo. A artista Naïf era Negra, Mulher, Empregada doméstica, pobre, e analfabeta, conseguia reunir em sí mesma todos os seguimentos sociais, que por séculos foram jogados a margem da sociedade, com isso ela tinha tudo contra ela, tudo para fracassar, mas ela não esmoreceu, foi a luta, pintou nos primeiros anos de exposição na Praça da República em São Paulo, nos anos de 1960, e foi também uma das primeiras a ir para movimentar as ações culturais em Embú, que ainda não era das Artes, procurou por toda vida se alfabetizar, e tudo que ela fez contribuiu para que muitas galerias abrissem as portas para os artistas Naïfs. O Resultado pode ser conferido até hoje, ainda temos a exposição na Praça da República e Embú das Artes Transborda cultura por todos os lados.

Por Enzo Ferrara

Encontrei um texto de Lucien Finkelstein, que ilustra muito bem quem era a Artista.    
Que dizer de uma pintora que arrancava os cabelos da própria cabeça para colocar nas cabeças dos personagens que pintava? Os Quadros dessa Mineira de Campo Belo tinham muito mais que isso.
Em sua preocupação Naïf de “Dizer Tudo” numa só tela, Maria Auxiliadora Silva compensava a falta de técnica para criar a terceira dimensão, com recursos ingênuos: Suas mulheres tinham seios e nádegas reais, protuberantes, feitos de uma massa grossa aplicada sobre a tela.
A pintora era quarta filha de uma família pobre de dezoito irmãos. Sua mãe, entalhadora de madeira, estimulava os filhos a se expressarem por meio da arte, fosse esculpindo madeira, bordando ou pintando. Assim, Maria Auxiliadora desenhou desde criança, com qualquer material que lhe caísse nas mãos: Carvão, lápis, tinta....
Os Trabalhos da Família eram postos à venda aos domingos na Praça da República, em São Paulo. Lá, Maria Auxiliadora começou a mostrar seus primeiros quadros.
A Partir de 1968, se dedicou exclusivamente à pintura. Chegou a participar de um grupo de artistas Afrobrasileiros, que se reuniam na cidade Paulista de Embu, para preservar as raízes da arte Negra.
Antes disso, a pintora trabalhou por muito tempo como empregada doméstica, passadeira e bordadeira. Essa última ocupação se reflete em seus quadros, no cuidado especial de bordar os vazios, enchendo de flores e folhas, enfeitando as roupas com mil detalhes, rendinhando as cortinas, anáguas e mangas, tudo de maneira minuciosa.
Suas telas representam divindades e rituais do candomblé, trabalhos do campo e cenas da vida urbana. São marcadas por personagens femininas, com contornos exuberantes, sensuais e de um colorido muito forte.
Por seu talento, Maria Auxiliadora encantou o Cônsul Americano em São Paulo, Werner Arnhold, que a conheceu na Praça da República, ainda em 1967. O Diplomata promoveu sua primeira exposição individual, no próprio consulado dos Estados Unidos.
O sucesso nacional e Internacional veio logo, marcado por várias exposições. A Pintora Chegou a merecer um livro de Pietro Maria Bardi, Crítico de Arte e incentivador de vários Naïfs Brasileiros.
A vida de Maria Auxiliadora, porém foi tão breve quanto marcante: Pintou no período entre seus 32 a 39 anos de idade, quando faleceu de Câncer pulmonar. Nos últimos meses de vida fez várias telas representando a própria morte, seu velório e enterro. Sua passagem pela História da Pintura Naïf Brasileira foi como um cometa fulgurante e cheia de cores.

Exposição: Os Silva - No MAP - Museu de Arte Popular de Diadema SP


Fotos: Enzo Ferrara